Educação do Estado oferta formação para assessores pedagógicos da EJA

A Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE) ofertou para os assessores pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) uma formação em relações etnorraciais. O encontro foi realizado no auditório da própria secretaria, na noite desta quinta-feira, 9.

A capacitação foi realizada pela Divisão de Educação em Direitos Humanos e Diversidade e teve como pauta as leis 10.639/03 e 11.645/08, que tratam da obrigatoriedade em inserir as culturas africana e indígena no currículo escolar para todas as etapas de ensino.

Formação abordou as leis 10.639/03 e 11.645/08. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Para a chefe da divisão, professora Irizane de Lima Vieira, há hoje um grande avanço no currículo no que diz respeito ao ensino dessas culturas, sobretudo no processo de implementação do novo ensino médio, contudo também necessário, segundo ela, inserir essa valorização da cultura africana em outras etapas.

Essa mesma formação já foi ofertada para as equipes de gestores de Rio Branco. Depois da capacitação dos assessores pedagógicos da EJA, de acordo com Irizane, será realizada também no interior. “Estamos elaborando um calendário específico para abranger o interior”, disse ela.

“Trata-se de uma formação de grande importância,  porque sabemos que é uma temática que está em debate e precisa, de fato, ser trabalhada nas escolas pois faz parte da nossa realidade”, afirma.

Formação aconteceu para assessores pedagógicos da EJA. Foto: Mardilson Gomes/SEE

De acordo com Irizane, a lei precisa ser cumprida, mas também precisa fazer sentido para o cidadão. “E o papel da educação é conscientizar, sensibilizar e convencer a pessoa da importância dessas leis e dos prejuízos que a não aplicação delas pode trazer”, enfatiza.

A formação, segundo ela, foi muito bem aceita pelos assessores pedagógicos da EJA. “Foi uma formação muito produtiva, inclusive as devolutivas foram excelentes e esperamos e acreditamos que vai ajudar muito no avanço da implementação dessas leis”, destaca.

A partir desse treinamento, os assessores pedagógicos ficarão responsáveis pela realização das formações nas escolas, para os coordenadores pedagógicos que, por sua vez, farão o mesmo com os professores. “E para isso já estamos subsidiando todo o material, uma pasta digital que contém toda a fundamentação teórica, as sequências didáticas e vídeos para realizar essa capacitação nas escolas”, explica Irizane.

Política antirracista

Ainda de acordo com a chefe da Divisão de Direitos Humanos e Diversidade, as leis em debate ajudam a combater o preconceito dentro do ambiente escolar. E além de criar uma educação antirracista, também ajuda a mudar a pedagogia e a forma como as pessoas veem a escravidão, tanto a indígena quanto a negra.

Professora Irizane destacou o fortalecimento da política antirracista nas escolas. Foto: Mardilson Gomes/SEE

“Precisamos combater essa visão escravagista. Os negros e indígenas, sobretudo os estudantes, precisam se ver em representatividades positivas, a fim de fortalecerem as suas identidades e autoestima. Temos ainda que criar uma ambiência de valorização, criar uma identidade positiva e incentivar o multiculturalismo”, enfatiza a professora.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter