Uma lição de vida chamada Francisca Ferreira

A vice-governadora do Acre, Nazareth Araújo, visitou Francisca em sua nova casa (Foto: Val Fernandes/Secom)
A vice-governadora do Acre, Nazareth Araújo, visitou Francisca em sua nova casa (Foto: Val Fernandes/Secom)

Ela tem 12 anos, é vaidosa e sonha em fazer a faculdade de medicina. Francisca Ferreira tem um sorriso contagiante, e um brilho no olhar que nem a dor constante, causada pela a osteogênese imperfeita ou doença dos ossos de vidro, consegue impedir.

A condição hereditária e genética afeta uma a cada 20 mil pessoas. Os portadores da doença sofrem de fragilidade nos ossos, sendo que eles costumam quebrar com grande facilidade. Ela não anda, e para se locomover precisa de uma cadeira de roda.

A vida já foi bem mais difícil, ela morava com a mãe e os irmãos numa casa de madeira rodeada por esgoto, o que dificultava a saída ou entrada de casa. Hoje sua família foi contemplada, pelo governo do Estado com uma residência nova no residencial Cabreúva.

Atualmente, Francisca tem o acompanhamento de uma assistente social, e faz fisioterapia e natação oferecidos gratuitamente por empresas particulares, o transporte para as atividades é oferecido pela prefeitura de Rio Branco. Ela também já está inserida no programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para fazer uma avaliação fora do estado. Hoje ela não tem condições de frequentar a escola, e um professor vai até a sua casa.

“Minha vida mudou muito porque antes eram poucas pessoas que me ajudavam, e agora tudo está diferente. Ganhamos uma casa. O que me incomoda é a saúde, a cada dia sinto mais dor, às vezes não consigo escrever, e isso me deixa triste, mas nada tira minha  fé na vida. E particularmente eu gosto de ser alegre, não gosto de tristeza. Deus me dá forças a cada dia para lutar pela vida”, disse Francisca

Para se comunicar com outras meninas que enfrentam o mesmo problema, ela abriu uma conta no facebook no endereço: Francisca Ferreira A Menina dos Ossos de Vidro.

“Depois que abri essa conta, já consegui me comunicar com várias pessoas. Posso pesquisar mais sobre essa doença, trocar experiência e me fortalece cada vez mais. Eu já conheci pessoas que superaram essa doença, estão andando, são guerreiros, e isso me faz acreditar na vida”, disse

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