Uma extensa programação está sendo montada para a celebração da Terceira Quinzena da Mulher Negra, que será realizada de 16 a 31 deste mês. A ação visa tornar visível a situação das mulheres negras e expor as dificuldades de promover a acessibilidade delas às políticas públicas.
A quinzena é alusiva ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho. A data é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe.
Segundo a chefe do departamento de Promoção de Igualdade Racial e Diversidade Religiosa da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Almerinda Cunha, o evento propõe uma série de atividades que vão tratar as especificidades de cada problema que envolve as mulheres negras e demandam políticas públicas.
“Infelizmente no Brasil a cidadã negra apresenta menor nível de escolaridade, trabalha mais e com rendimento mínimo. As poucas que conseguem romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial e ascender socialmente necessitam se empenhar mais e abdicar de outros aspectos de suas vidas, como lazer, relacionamento e maternidade”, afirma Almerinda.
Mesa-redonda com jornalistas negras, Exposição fotográfica intitulada “Mulheres Negras de Rio Branco”, Encontro de Mulheres Negras de Brasileia e Xapuri, Oficina de Beleza Afro em Bujari, Roda de conversa com mulheres das comunidades tradicionais de matriz africana, Encontro de Mulheres Negras: lutas, conquistas e desafios, e diálogo com a Segurança Pública sobre a juventude negra com recorte de gênero estão programados para acontecer durante a quinzena.
Participam da organização do evento secretarias estaduais e municipais, movimentos sociais e a Universidade Federal do Acre (Ufac).