Aprofundar o conhecimento e pensar o bambu no estado do Acre foi o objetivo do Seminário Bases Estratégicas para a Implantação da Cadeia Produtiva do Bambu realizado nesta quinta-feira, 5, no auditório do Serviço de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O evento foi promovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect) e da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Sebrae.
O Acre possui uma das maiores reservas de bambu nativo do mundo que já vem sendo estudado desde 1990. Ter conhecimento para poder pensar como desenvolver a cadeia produtiva deste recurso natural foi o intuito do seminário que abordou temas estratégicos como o cultivo, manejo, industrialização, mercado, legislação e políticas públicas voltadas para o uso do bambu.
O presidente da Associação Brasileira de Produtores de Bambu (Aprobambu) e um dos palestrantes do evento, Guilherme Korte, destacou a importância do evento. “O Acre pode ser o líder mundial no processo da fibra do bambu e ele só vai ser líder mundial se adotar praticas, leis e normas absolutamente avançadas. Ver outros sistemas no mundo inteiro e pensar”, afirma.
O evento contou com a participação de pesquisadores, acadêmicos, empreendedores, produtores rurais e interessados na cadeia produtiva do bambu. Segundo o produtor rural do Ramal Boa União, do Assentamento Bandeirantes em Porto Acre, Francisco da Silva, o bambu era só desperdício. “A gente não conhecia a imensidão do bambu. Hoje, a gente tem um conhecimento a partir de pessoas que foram lá e influenciaram a gente a cultivar. Estamos cultivando e queremos um meio de tirar para exportação”, diz.