Representantes do Sine/Seict receberam, na manhã desta terça-feira, 3, Maria da Luz e Francisca Brito, da Secretaria de Estado de Assistência Social dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (SEASDHM). O encontro teve como objetivo a parceria entre as secretarias, a fim de possibilitar a colocação profissional de imigrantes no mercado de trabalho local.
“Mais do que construir políticas de imigração, queremos restaurar a dignidade dessas pessoas e o trabalho é fundamental nesse processo. Eles (imigrantes) saem de seus países deixando casa e família em busca de uma vida melhor e, nada mais justo, que ajudarmos, não só com comida”, afirma a advogada e diretora, Francisca Brito.
Entre as ideias propostas na reunião estão o cadastro dos imigrantes para acesso à carteira de trabalho digital na sede da Sine/Seict (Av. Getúlio Vargas, 1782), evitando, assim, filas e a indicação dos imigrantes diretamente aos empregadores. “É importante ressaltar que isso não implica em ‘roubar’ empregos dos acreanos, visto que a maioria é de vagas não absorvidas no mercado”, pontua Francisca.
Contando todo o ano passado e início de 2020, quase 300 imigrantes passaram pela SEASDHM, muitos em busca do primeiro emprego formal no país. A língua costuma ser um forte obstáculo, sobretudo quando corresponde a algum dialeto, como o wolof, uma mistura de inglês, francês e árabe, comum entre os senegaleses, que representam uma parcela significativa das pessoas que tentam prosperar no Acre.
“Mas existem também muitos benefícios para o empregador na contratação desses profissionais, como o intercâmbio de informações, de cultura e o valor que muitos dão ao trabalho, não importando qual função ocupem”, afirma Maria da Luz, coordenadora do Núcleo de Apoio a Imigrantes e Refugiados.
Marcos Moraes, coordenador do Sine, acentua o apoio do órgão nesta parceria: “É um assunto complexo (imigração), que envolve outras frentes, mas podemos (Sine) fazer a nossa parte facilitando o cadastramento dos imigrantes para terem acesso à carteira de trabalho, viabilizando o atendimento em pequenos grupos (ex: seis pessoas) para dar o suporte necessário, até mesmo pela dificuldade da língua e cultura. Ao estarem aptos com o cadastramento, podemos fazer a indicação deles para empresas que contratam estrangeiros”.
Para mais informações, entre em contato com a SEASDHM pelo (68) 3215-2310.