Saúde fortalece atendimento à população indígena

Representantes do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (Dape), da Divisão de Saúde das Populações Prioritárias e Vulneráveis, da Diretoria de Atenção à Saúde da Sesacre, juntamente com o Núcleo de Atenção à Saúde Indígena dos Hospital das Clínicas (HC), discutem o fortalecimento do atendimento à população indígena por meio da sensibilização dos profissionais que prestam atendimento nas unidades de saúde.

O trabalho desenvolvido com base na nova portaria do Ministério da Saúde pretende desenvolver um plano de cuidado destinado especificamente à população indígena. O principal enfoque é a capacitação dos profissionais da saúde, para que eles consigam compartilhar os diagnósticos com os pacientes levando em conta a cultura de cada povo indígena e o que facilita a adesão ao tratamento, quando necessário.

“São pequenos cuidados que tomamos com essa população que fazem com que consigamos garantir uma melhor assistência e um melhor atendimento”, diz a coordenadora do Núcleo de Atenção à Saúde Indígena do HC, Débora Guimarães.

Além do HC, unidades como a Maternidade Bárbara Heliodora e a Maternidade de Feijó contam com espaços que valorizam a cultura indígena.

Espaço para grávidas indígenas na maternidade de Feijó (Foto: Leônidas Badaró)

Dinâmica de atendimento

Existem unidades responsáveis pelo atendimento à população indígena chamadas de Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI). No Acre existem dois: o do Alto Purus, em Rio Branco, e o do Alto Juruá, em Cruzeiro do Sul.

Os distritos ficam responsáveis por todos os polos (unidades de atenção básica) e por atender os pacientes de determinada região. Os profissionais ficam responsáveis por identificar qual paciente precisa de um atendimento especializado e o que não pode ser feito na unidade.

Após a identificação, os pacientes são encaminhados para casas de apoio à saúde indígena. Então é realizado o agendamento do serviço e os polos ficam responsáveis por identificar o paciente e trazê-lo às unidades.

“Vale ressaltar que o atendimento não é preferencial, como muitos pensam. O que preconiza a portaria é o atendimento diferenciado, levando em conta o respeito aos hábitos e tradições dos povos indígenas”, destaca Zilmar Cândido, gerente da Divisão da Política de Saúde para População Prioritária e Vulnerável da Sesacre.

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