Saúde alerta municípios para importância de notificar casos de violência e acidentes

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Núcleo de Vigilância das Violências e Acidentes, vem atuando nas ações de prevenção às violências interpessoais, aquelas em que há uso intencional da força física ou ameaça de uma pessoa contra outra, e autoprovocadas, que contemplam o suicídio, a tentativa de suicídio e a autoflagelação, sendo uma das prioridades do setor as intervenções nas tentativas de suicídios em todo o estado.

“O suicídio implica no ato intencional de a pessoa tirar a própria vida. Por ser um fenômeno complexo, exige atenção multidisciplinar, em que vários profissionais devem estar envolvidos, como enfermeiros, médicos, assistentes sociais e psicólogos, entre outros”, explicou a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (NDANT), Carla Diana de Mello.

Diante da situação epidemiológica que o alto índice de casos de violência autoprovocada já provocou, algumas ações estão sendo realizadas para alertar o municípios sobre a importância de notificar os casos de tentativas de suicídio. São elas:

– Capacitação de profissionais de saúde de todo o estado na identificação do caso, notificação e encaminhamento imediato das pessoas em situação de violência para o apoio psicossocial, para garantir uma intervenção efetiva, evitando o cometimento do suicídio;

– Elaboração de boletins, manuais e notas técnicas com dados epidemiológicos das violências autoprovocadas para subsidiar políticas públicas de prevenção aos suicídios nos municípios;

– Parcerias intersetoriais para a construção da linha de cuidado voltada para o atendimento aos usuários das unidades de saúde dos municípios do Acre;

– Parceria com os programas Academia da Saúde e Práticas Integrativas e Complementares (PICs) da Sesacre, como estratégias de prevenção das violências autoprovocadas e promoção de ambientes saudáveis em todo o estado.

As notificações são importantes para que tanto os municípios quanto o Estado desenvolvam estratégias e políticas públicas para o enfrentamento da “epidemia de sofrimentos psicológicos”, como vem sendo definido o fenômeno por muitos estudiosos sociais.

Acesse o boletim epidemiológico:

Boletim Epidemiológico Violência Autoprovocada 2010 a 2020

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