Programa leva internet livre a todo o Estado e cria o Governo Único, que irá transformar radicalmente os serviços prestados ao cidadão
 Reportagem sobre o Acre é destaque na Wireless Mundi (Foto: Sérgio Vale/Secom) |
 Governador e secretário Mâncio em entrevista à repórter Leda Beck em setembro deste ano (Foto: Sérgio Vale/Arquivo Secom) |
A mais recente edição da revista Wireless Mundi traz como reportagem de destaque o programa Floresta Digital, que está implantando um revolucionário sistema de governo eletrônico garantindo acesso livre à internet em todas as cidades do Acre. Com texto de Leda Beck e ilustração de Thiago Vaz (que se inspirou no extrativismo da borracha e na arte do Kene do povo Kaxinawa) a matéria faz uma imersão no programa que mais que inclusão digital está melhorando a vida dos acreanos antes mesmo de estar em plena operação.
Wireless Mundi é uma publicação da Editora Momento e tem como foco o mercado de tecnologias sem fio. A editora acredita no uso da tecnologia e das aplicações sociais como uma revolucionária ferramenta de inclusão social e digital, razão pela qual está investindo nesse novo nicho de mercado e já chega a sua terceira edição. A Wireless Mundi vem buscando mostrar como o Brasil está usando e pode usar os mais diversos serviços públicos prestados através do telefone celular e das tecnologias sem-fio. A revista surgiu para incentivar a criação e consolidação de uma cultura que estimule o uso das tecnologias móveis para promover a inclusão social e facilitar o acesso da população aos serviços públicos, assim como vem acontecendo no Acre.
O Floresta Digital conta com apoio financeiro da agência americana United States Trade and Development Agency (USTDA) e levará a tecnologia da informação – e com ela vários serviços de Governo – a partir do conhecimento adquirido do Estado e suas características. Nesse contexto, o Zoneamento Ecológico-Econômico é o instrumento que possibilita alcançar o objetivo do Floresta Digital. O projeto se utiliza da hierarquia das comunidades para garantir acesso aos serviços básicos, incluindo o programa pioneiro que está levando educação à crianças de quatro e cinco anos, denominado de "Asinhas da Florestania".
Um dos braços do projeto irá assegurar com que comunidades isoladas possam acessar, a partir do próximo ano, sistemas de serviços públicos do Estado, como emissão de carteira de identidade, por exemplo. O chamado ´Governo Único´, assim como o programa de acesso livre à internet, já tem ações-piloto que até agora mostram que a experiência será bem-sucedida e promoverá uma verdadeira revolução no conceito de democratização dos serviços públicos e das políticas de inclusão digital. Para citar um exemplo, o Centro de Atendimento Integrado ao Cidadão, unidade experimental de emissão de documentos públicos que funciona em uma tenda no Parque da Maternidade, em Rio Branco, já realizou algo que se aproxima dos 30 mil atendimentos desde dezembro de 2008. Até o final de 2009 o Governo do Estado terá inaugurado a nuvem de internet livre sobre toda a cidade de Rio Branco. Em 2010, esse benefício terá chegado a todo o Estado.
A revista reconhece que "o projeto do Acre é, portanto, um plano de desenvolvimento abrangente e de promoção da cidadania – ou da Florestania". Citou o convênio com o governo de Andaluzia, na Espanha, cujo sistema permitirá, à distância, diagnóstico em saúde, além da unificação do prontuário médico. "Também vai permitir uma iniciativa inédita no País: a venda, nas farmácias, a preços populares, de remédios normalmente fornecidos pelo Governo", diz Leda Beck. "O que estamos fazendo é simplesmente expandir para o Estado inteiro o sonho de Chico Mendes", relatou o governador Binho Marques, um dos entrevistados da reportagem.
