Projeto Saúde Emocional leva solidariedade às vítimas e familiares da Covid-19

O novo coronavírus (Covid-19) tem causado além dos sintomas, problemas emocionais nos infectados e seus familiares. Com o intuito de promover apoio emocional, o Gabinete da Primeira-Dama e parceiros iniciaram neste domingo, 22, o projeto Saúde Emocional Covid-19, com o slogan “Fale Comigo, você não está sozinho”.

O projeto do Governo do Estado é coordenado pela primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli, a diretora da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedur), Isnailda Gondim, e da psicóloga da Promotoria de Execução de Medidas Socioeducativas do Ministério Público do Estado do Acre, Lenira Pontes Cunha.

Ana Paula Cameli
Projeto é coordenado pela primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli e equipe do governo Foto: Neto Lucena/Secom

Para a primeira-dama o projeto visa trazer auxílio às vítimas da doença e aos familiares que sofrem com a situação. “Nesse momento tínhamos que ajudar de alguma forma, fazer algo por aqueles que estão mais perto desta realidade, que são os familiares e as próprias vítimas, pois há um lado dessa pandemia do coronavírus que precisa ser cuidado, principalmente neste momento que se pede para a população ficar em casa para evitar o vírus: a saúde emocional. A doença está gerando ansiedade e medo pelo risco de contaminação, isolamento, desemprego e muita incerteza sobre o futuro”, destacou a primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli.

O projeto tem como objetivo promover apoio emocional para um período transitório de recuperação dos diagnosticados com a Covid-19 e seus familiares mais próximos: pai, mãe, irmã (o), filho (a), cônjuge, ou quem a pessoa indicar, seguindo as orientações da Resolução CFP nº 11/2018, em especial a necessidade de realização de um cadastro prévio junto ao seu Conselho Regional de Psicologia (CRP), (CFP, 2020), que dispõe sobre prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologia da informação e da comunicação, como o atendimento on-line.

Para Isnailda Gondim, além das consequências sanitárias, a pandemia do coronavírus traz um impacto psicológico nas pessoas.

Pandemia tem causado mudança de rotina na vida das pessoas. Ruas de Rio Branco estão vazias por orientação do Ministério da Saúde e do Governo do Estado Foto: Odair Leal/Secom

“Todos estão tendo uma intensa mudança no estilo de vida, nas formas de trabalho, alteração nas relações sociais, na percepção da solidão e quem possui psicopatologias de caráter ansioso e depressivo tende a piorar com este isolamento social, sabendo da preocupação do nosso governador e da primeira-dama, Ana Paula Cameli, pelo bem estar dessas pessoas, surgiu a ideia de juntar parceiros como a Secretaria de Estado de Saúde, Conselho Regional de Psicologia, Tribunal de Justiça e Ministério Público que possuem em seus quadros profissionais habilitados para voluntariamente atuarem por meio do atendimento remoto com essas pessoas, como forma de amenizar seu sofrimento”, explicou Isnailda Gondim.

O projeto pretende levar solidariedade e cooperação social para enfrentamento de uma crise pandêmica da Covid-19, o que dá o caráter de urgência e emergência ao projeto. Após a testagem positiva, a Vigilância Epidemiológica fará os encaminhamentos necessários para este atendimento.

O projeto, ainda novo, conta com 10 psicólogas do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, devidamente habilitadas, que voluntariamente se dispuseram a atuarem por meio remoto: e-mail, chat, telefone, áudio e vídeo, até que seja criado um sistema exclusivo para facilitar o atendimento.

Para a psicóloga Lenira Pontes, essa é a hora em que as pessoas com testagem positiva para a Covid-19 estão sujeitas a julgamentos, notícias fakes e culpabilização por parte da sociedade. “É fundamental que cuidem de sua saúde emocional, tanto no período de isolamento como no momento em que puderem sair e circular livremente. É tudo muito novo, é um momento de união e força por todos nós. Apoio profissional e atitudes de empatia para com estas pessoas e seus familiares é um caminho”, salientou Lenira Pontes.

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