Projeto Produzindo a Liberdade chega a presídio de Cruzeiro do Sul

Hortaliças cultivadas pelos detentos são usadas na alimentação do presídio de Cruzeiro do Sul (Foto: Leônidas Badaró)
Hortaliças cultivadas pelos detentos são usadas na alimentação do presídio de Cruzeiro do Sul (Foto: Leônidas Badaró)

Na manhã desta quinta-feira, 20, a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) deram os primeiros passos para implantação do programa Produzindo a Liberdade, em Cruzeiro do Sul.

A criação de suínos é também  uma das atividades que diminuem a pena dos reeducandos (Foto: Leônidas Badar
A criação de suínos é também uma das atividades que diminui a pena dos reeducandos (Foto: Leônidas Badar

O projeto surgiu em Rio Branco, onde as duas instituições promovem ações na área da produção agrícola que ajudam os detentos no processo de ressocialização.

Na unidade de recuperação social Manoel Néry da Silva, em Cruzeiro do Sul, existe uma parceria com a Seaprof, onde foram mecanizados cerca de seis hectares de terra.

A unidade prisional já desenvolve um trabalho de produção com a criação de suínos, plantio de hortaliças e, futuramente, criação de peixes. Na horta, por exemplo, trabalham oito detentos, que além de terem uma ocupação, conseguem a diminuição da pena pelos dias trabalhados

“Isso é muito bom. A gente passa o dia trabalhando, se ocupando, e ainda diminui a nossa pena”, afirma José Carlos Menezes, um dos reeducandos responsáveis pela produção de hortaliças.

Os alimentos ajudam na própria alimentação dos detentos. Tudo que é produzido na horta é comercializado com a empresa que fornece a alimentação ao presídio.

Implantação da avicultura

Equipe da Seaprof se reúne com diretor do presídio de Cruzeiro do Sul para definir parceria na área de produção (Foto: Leônidas Badaró)
Equipe da Seaprof se reúne com o diretor do presídio de Cruzeiro do Sul para definir parceria na área de produção (Foto: Leônidas Badaró)

Segundo o diretor da unidade prisional, José Raimundo Souza, a parceria com a Seaprof vai possibilitar a oferta de ocupação para mais detentos.

Atualmente, o presídio Manoel Néry da Silva, tem 104 reeducandos. “a parceria é importante para que possamos fazer com que a unidade seja autossustentável. Temos aqui mais de 100 detentos, por isso, agradecemos a força que a Seaprof tem nos dado aqui em Cruzeiro do Sul”, afirma.

A intenção da parceria entre as duas instituições é fortalecer o trabalho já realizado no presídio e implantar a cadeia produtiva da avicultura.

“A ideia é aprimorar o que já é feito aqui e trazer a criação de aves, como fazemos em Rio Branco. A gente sabe que o detento com uma ocupação é benéfico para toda a unidade de recuperação”, explica Tissiane Maciel, que faz parte da coordenação do Produzindo a Liberdade.

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