Tião Viana entrega equipamentos para mulheres de Cruzeiro do Sul
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 A agenda da Caravana da Integração foi encerrada no último sábado, 29, em Cruzeiro do Sul, ao som de forró (Fotos: Sérgio Vale/Secom) |
A agenda da Caravana da Integração foi encerrada no último sábado, em Cruzeiro do Sul, ao som de forró. O embalo do ritmo e a felicidade de 222 mulheres deram o tom de alegria na última pauta do governador Tião Viana, que dançou em meio a praça ao lado do vice-governador César Messias e dos secretários que o acompanharam.
A Secretaria de Pequenos Negócios entregou 439 equipamentos para 222 beneficiadas, num investimento que soma cerca de R$ 150 mil, segundo o secretário José Reis. "Aqui em Cruzeiro do Sul houve um diferencial que foi a construção do projeto a partir das lideranças comunitárias, dos presidentes dos bairros, que se reuniram e trouxeram as principais demandas, numa indicação do vice-governador César Messias. Todos os beneficiados são integrantes do Bolsa-Família e viviam com uma renda de R$ 70 por mês. Nós estamos dando oportunidades para essas famílias" disse o secretário.
Benedita da Silva Ferreira não conseguiu conter a emoção. "Isso vai trazer uma vida bem melhor para muitas famílias que precisam. Teremos uma vida digna daqui pra frente, por fruto do nosso trabalho, vamos poder ajudar nossos filhos, que é tudo o que queremos. Com o nosso dinheiro, nossos recursos, nunca conseguiríamos comprar uma máquina dessas. Só em olhar pra elas arrumadinhas em cima das mesas aqui já é emocionante. É gostoso ver o nosso governador vir aqui e nos trazer benefícios. Um governador que veio no meio do povo trazer dignidade pra gente", comentou.
"As pessoas precisam de tão pouco para dar passos em direção ao amanhã. Este é um momento de oportunidades, de esperança, de melhorar a vida dando condições às pessoas humildes. O governo quer estar junto com o povo", disse o governador Tião Viana.
O senador Jorge Viana lembrou o esforço de sua mãe, que costurava para ajudar o pai a sustentar a família. "Fui governador por oito anos e tenho orgulho do que conseguimos. Mas de tudo o que fiz, o que mais me deixava feliz era quando a gente ajudava uma dona de casa, que, como minha mãe, ganhava a oportunidade de trabalhar para criar os filhos e ajudar o marido como minha mãe fez, com a maquininha de costura dela. O Tião [Viana] é um médico de excelência e tem sido um ótimo governador. E ele tem conseguido ajudar as pessoas dando oportunidades como estas".
"O Tião olha para as pessoas e as vê por dentro. Ele não olha o que tem fora, mas a necessidade, a dor e o desejo que têm no coração. Ele governa de um jeito diferente e esse aqui é um exemplo de como ele trabalha", observou o deputado estadual Moisés Diniz, líder do governo na Assembleia Legislativa. "Uma oportunidade como esta muda a vida das pessoas, resgatando-as de uma situação de desemprego, qualificando-as para que tenham renda. Fico feliz em apoiar um governo como este, que trabalha para o povo", disse o deputado Ney Amorim.
O senador Aníbal Diniz disse que fará referência a esta ação de governo no Senado, "para que todos saibam no Brasil com um programa de governo está mudando a vida das pessoas. A forma da Frente Popular de governar não é fazendo intriga, é melhorando as condições de renda, de vida do povo".
"Eu era uma mulher sofredora"
Raimunda Almeida de Souza emocionou a todos com suas palavras simples, mas significativas. Aos sete anos perdeu a mãe e ganhou a responsabilidade de ajudar a criar os quatros irmãos, ao lado pai, hanseniano. Aos dez anos foi trabalhar na roça.
"Era o único jeito de ter como comprar uma roupa ou sapato porque meu pai não tinha condições de me dar. Ele cortava seringa e eu ajudava a colher pra sustentar meus irmãos. Casei com 15 anos e tive nove filhos. Sofri demais. Sou uma mulher sofredora. Tudo o que eu queria era poder trabalhar no que é meu pra não ouvir humilhação de patrão. Já fui muito humilhada nessa vida. Meu sonho está realizado agora e vou ensinar meus filhos a trabalhar com costura, pra que eles também tenham opção. Isso aqui é tudo pra mim, vou poder ajudar meus filhos", desabafou Raimunda, de 48 anos, moradora do bairro Telégrafo.
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