Modelo de salvaguarda ambiental do Acre é destaque em reunião da Força-Tarefa do GCF

Membros do Comitê Regional para Parcerias com os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) estão reunidos em Brasília (DF), nesta quarta, 27, para debater assuntos de interesse das populações originárias.

O fortalecimento de políticas públicas, a adesão ao mercado de créditos de carbono em terras indígenas, os desafios enfrentados pelas comunidades tradicionais e a participação na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que em 2025 será realizada no Brasil pela primeira vez, estão entre os temas discutidos.

Durante reunião da Força-Tarefa do GCF, em Brasília (DF), modelo de salvaguarda ambiental do Acre foi destaque. Foto: Wesley Moraes/Seplan

“O comitê regional foi constituído como um espaço de diálogo entre os povos indígenas, comunidades tradicionais e governos estaduais. Uma das principais tarefas neste momento é se debruçar e fazer um intercâmbio de experiências no que se refere à construção de sistemas jurisdicionais de salvaguardas, que são mecanismos vinculados à redução de emissões por desmatamento e degradações ambientais”, explicou Carlos Aragon, secretário executivo do GCF no Brasil.

Na oportunidade, o Acre foi destaque ao apresentar todo o processo de criação e funcionamento do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa). A condução foi feita pelo presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Leonardo Carvalho.

Concebido em 2009, o modelo acreano de salvaguarda ambiental é considerado o mais avançado do país. “O Acre possui uma política pública de Estado que regulamenta o Sisa. Com isso, temos um sistema que respeita os direitos, os territórios e a voz dos povos indígenas”, afirmou Francisca Arara, secretária extraordinária dos Povos Indígenas.

Francisca Arara, secretária extraordinária dos Povos Indígenas, representou o Acre no evento. Foto: Wesley Moraes/Seplan

O programa foi elogiado por Sinéia do Vale, gestora ambiental do Conselho Indígena de Roraima. “O Acre é um exemplo a ser seguido e esperamos que outros estados possam implementar políticas públicas relacionadas às salvaguardas e proteção dos povos originários”, declarou.

Além do Acre, participaram do encontro representantes do Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, estados que fazem parte da Amazônia Legal brasileira. Os debates se encerram nesta quinta-feira, 28.

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