No Acre desde a noite de quinta-feira, 11, o ministro-chefe da Secretaria Nacional de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, visitou na manhã desta sexta-feira, 12, o Complexo Industrial de Piscicultura Peixes da Amazônia S.A. Acompanhado pelo governador Tião Viana, Unger elogiou o modelo de produção sustentável do Acre.
“O grande desafio do Acre e da Amazônia é passar do extrativismo artesanal para uma produção sustentável de grande escala com base em tecnologia e ciência. Aqui vi o exemplo de um caminho que permitirá a Amazônia ser vanguarda da nova estratégia de desenvolvimento nacional”, reconheceu o ministro.
Durante a passagem pelo Complexo, a comitiva visitou o frigorífico que hoje contabiliza uma produção diária de 70 toneladas de pescado. Na fábrica de ração, o potencial industrial favorece a geração de até 450 empregos gerados diretamente em todo o complexo. No centro de alevinagem, Tião Viana contou ao ministro que é possível a reprodução de até 30 milhões de alevinos ao ano.
Surpreso com a dimensão do projeto, Unger disse que o modelo do Acre pode se estender por toda a Amazônia, e que o estado traduz o exemplo de algo que precisa ser feito no país. “Temos uma cultura empreendedora, vibrante. A nossa tarefa é combinar o dinamismo humano que existe no Brasil com tecnologia, ciência e bem-estar. Aqui está um exemplo disso”, defendeu Mangabeira.
Tião Viana disse que Unger é um ministro que carrega a responsabilidade de fazer o Brasil enxergar, não só o presente, mas o futuro. “Ele entende que o Brasil precisa de positivismo inclusivo para produzir com qualidade. Estamos fazendo um esforço pra conciliar uma economia que incorpore tecnologia, positividade, oferta, receita e qualidade de vida”, disse o governador.
Visita ao Crie e à Cooperacre
Mangabeira Unger visitou ainda, as sedes do Centro de Referência em Inovações para a Educação (Crie) e da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre). No Crie, foi feita uma apresentação sobre a expansão do ensino no Instituto de Matemática, Ciência e Filosofia, com destaque para a base construtiva da educação diferenciada, por meio da promoção de cursos livres e a iniciação científica júnior.
Na sede da Cooperacre, o ministro visitou a fábrica de processamento de castanha e o centro de armazenagem. Tião Viana contou a Mangabeira que o projeto cooperativista do Acre permitiu o surgimento de uma nova classe média rural emergente no Estado, com famílias que faturam até R$ 40 mil por ano só com a produção de castanha.
