É difícil imaginar que há menos de dois meses, no mesmo local onde está instalado o campus do agronegócio, no Parque de Exposições onde é realizada a Expoacre, não havia nenhuma plantação.
Criado para ser um espaço permanente de divulgação do potencial agropecuário do Estado e das tecnologias disponíveis ao homem do campo, espalham-se pela área plantações de milho, sorgo, café, girassol, feijão, milheto, forragens, mandioca e frutíferas.
Um dos objetivos dos investimentos é demonstrar o quanto é importante na agricultura o uso da tecnologia. Uma delas é a irrigação. É graças aos investimentos para irrigar a área que os plantios cresceram e mudaram radicalmente a aparência da área onde vai ser o Campus do Agronegócio.
José Carlos Reis, secretário de Agropecuária e idealizador do espaço, garante que sem a irrigação não haveria nenhuma plantação no local. “Sem a irrigação não teríamos nada a apresentar aqui. É a hora que a planta precisa da água. O que nós vamos mostrar neste espaço, graças a esses investimentos, são produtos de excelente qualidade. Um dos objetivos é de que os produtores vejam os benefícios da irrigação tanto na agricultura quanto na pecuária leiteira”, explica.
Campus do Agronegócio utiliza dois tipos de irrigação
Existem vários tipos de processos para a irrigação de lavouras. No Campus do Agronegócio são usadas dois deles. O primeiro é a irrigação localizada, dividida em gotejamento e microaspersão, usada nos plantios de café e mamão.
Segundo Rayany Andrade, agrônoma responsável pela parte técnica do processo de irrigação no campus, essa técnica tem como vantagem usar menos água com mais eficiência. “Como a água é aplicada diretamente na raiz da planta, se consegue uma maior frequência na irrigação”, destaca.
A outra técnica é a aspersão, também dividida em dois tipos: a convencional e a aspersão em malha. “A convencional apresenta uma maior adaptação aos tipos de plantações, e a aspersão em malha hoje é muito usada em todo o país, sobretudo na irrigação de forragens para pastagens de gado”, explica Rayany.
A agrônoma lembra também a preocupação com o uso racional da água. “Hoje, a irrigação é vista em alguns locais como vilã do uso da água. Por isso, o produtor precisa fazer o manejo da água, verificando a cultura que vai ser plantada e as propriedades do solo, para que se use a quantidade necessária de água, sem desperdício”, afirma.