Os leilões de gado são um termômetro do quanto a pecuária é uma atividade importante para economia do Acre. O tatersal do Parque de Exposições Marechal Castelo Branco é palco de dois leilões semanais. Toda terça e quinta-feira, pecuaristas de vários municípios do estado disputam animais de comprovada qualidade.
Os valores comercializados impressionam. Em cada leilão, são leiloados em média mais de mil animais. O preço de cada bovino gira em torno de mil reais. Significa que cada leilão movimenta, por noite, pelo menos R$ 1 milhão.
Um dos motivos para atrair tanta gente e movimentar esse expressivo montante de dinheiro é a sanidade do rebanho bovino do Acre, que desde 2005 possui o reconhecimento internacional de área livre de aftosa.
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) é responsável por fiscalizar todo o gado que é levado aos leilões.
Fiscais vistoriam documentação e desinfetam animais e caminhões
Na tarde da quinta-feira, 17, o diretor-presidente do órgão, Mamed Dankar, esteve acompanhando o trabalho realizado pelos fiscais do instituto no recebimento dos animais que foram a leilão.
Rui Ferreira, servidor do Idaf há mais de 30 anos, explicou o que é feito para garantir a procedência e a saúde de cada bovino.
“Nós conferimos a documentação para verificar se todos os animais estão sadios, a faixa etária e uma coisa muito importante: a aplicação de um produto tanto no gado quanto no caminhão que transportou esses animais, que evita que esses bovinos entrem no parque com algum tipo de enfermidade”, relatou Ferreira.
Somente na noite de quinta, foram leiloados mais de 1,2 mil animais de municípios como Tarauacá, Feijó e Sena Madureira.
Dankar destacou a força dos leilões para o fortalecimento da pecuária. “É impressionante. Fazemos um trabalho que garante a sanidade desde a saída das fazendas até a chegada à propriedade de quem arrematou o animal.”