Comemorado nesta terça-feira, 8 de março, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), que, em parceria com a Igreja Universal, realizou um evento em homenagem às detentas e às servidoras da Unidade de Regime Fechado Feminina de Rio Branco.
A ação contou com palavras de conforto, encorajamento e fé por parte dos organizadores, e foi direcionada tanto para as mulheres em situação de privação de liberdade, visando auxiliá-las a passar por esse momento de suas vidas, como às funcionárias do Instituto, pelo esforço e dedicação com que vêm conduzindo seus trabalhos na unidade.
Na ocasião, foi realizada a entrega de kits de higiene, distribuição de lanches e a doação, por parte da instituição religiosa, de 300 livros intitulados A Luz do Presidiário a todas as presas e servidoras.
Também participaram do evento o diretor executivo do Iapen, Glauber Feitosa; o diretor da unidade feminina, Duda Vasconcelos; o pastor evangélico Wilson Tavares e missionários religiosos.
Cláudia Costa, chefe da divisão de Assistência Social e Atenção à Família do Iapen, falou sobre a importância do evento. “Decidimos proporcionar um momento diferente para as nossas mulheres, que hoje estão em situação de prisão. Quando a pessoa se encontra nessa condição, muitas vezes acontecem problemas com a autoestima e abandono por parte das famílias, e o evento pretende oferecer um alento pra essas mulheres”, observou.
Diretor executivo do Iapen, Glauber Feitosa abordou a relevância da atividade, ressaltando que as mulheres que se encontram em situação de cárcere também têm seus direitos e, embora cumpram penas, precisam ter o devido tratamento e acompanhamento das equipes. Assim, junto ao esforço do governo do Estado, poderão sair do sistema prisional de alguma forma melhor do que quando entraram.
“Sabemos que o desafio é grande as dificuldades são muitas, mas o nosso objetivo é de que elas possam sair daqui com algo a mais, com perspectiva de vida, porque em dado momento elas vão dar cumprimento à sua pena e retornar à sociedade, e é isso que o Estado almeja: a ressocialização, a reinserção no convívio”, afirmou.
O pastor Wilson Tavares explica que o projeto de sua instituição tem o objetivo de levar apoio espiritual e emocional aos encarcerados. “Nos presídios existem muitas pessoas com necessidade de ouvir uma palavra de fé, ânimo e esperança, e a igreja tem isso para dar”, explicou.
A detenta Andressa Oliveira falou de sua alegria em participar da ação. “Fomos tratadas como seres humanos e muitos não agem dessa forma. Foi muito bom”, afirmou.
