A dança e os ritmos sempre acompanharam a trajetória da evolução humana. Quando o homem dançava ao redor da fogueira, ao som dos tambores, ou quando o noivo, após cortejar a amada, recebia o direito da tão esperada valsa, ou até mesmo no universo moderno e popular da dança de salão compassada pelo samba, bolero ou forró (que é uma herança rítmica que os nordestinos plantaram nessas brenhas amazônicas), o ritmo e as expressões corporais sempre estiveram ligados ao bem-estar, entretenimento e ao lazer coletivo.
Em Rio Branco, na Concha Acústica Jorge Nazaré, no Parque da Maternidade, há três anos a dança vem conectando pessoas que procuram cuidar da saúde de uma maneira leve e descontraída.
A iniciativa, idealizada pelo grupo de dança “Lambada & Companhia”, busca incentivar o seguimento artístico na capital, além de proporcionar lazer e entretenimento de forma gratuita à população acreana.
Os encontros se dão três vezes por semana (segundas, quartas e quintas), sempre às 19h30, e reúnem mais de 100 pessoas de todas as idades. São amigos de trabalho, pais e filhos, dançarinos profissionais e pessoas que passam por ali e decidem, literalmente, entrar na dança.
“Esse é um projeto construído entre amigos e hoje atua como uma grande família. A dança, para nós, é uma ferramenta de expressão e liberdade. Quem dança possui a alma livre”, comenta o professor de dança Josemir Ferreira.
A atividade não tem fins lucrativos e ocorre de forma colaborativa e continuada – os alunos de hoje se tornam instrutores no futuro.
“Eu danço para cuidar da saúde do meu corpo e da mente. Esse é um espaço de lazer coletivo e gratuito. Tenho pouco tempo nesse grupo, mas já fiz amigos”, conta a dançarina Maria Helena.
A dança pontua a história dos acreanos nos seus traços urbanos, entre seringueiros ou indígenas no mariri Yawanawa, no bailado do Santo Daime, na Concha Acústica, na Farinhada em Cruzeiro do Sul ou no tradicional Forró do Bené do Cavaco, na capital acreana. Quem participa da dança é para expressar revolta ou amor, reverenciar ou afastar deuses, mostrar força ou arrependimento, rezar, conquistar, distrair e libertar.
Aula de dança na ConchaHá três anos uma aula de dança agita o Parque da Maternidade. A atividade, que ocorre na Concha Acústica Jorge Nazaré às segundas, quartas e quintas à noite, reúne dezenas de pessoas. O quadro Comunicação e Cultura traz um pouco do ritmo dessas aulas dançantes.
Publicado por Rede Aldeia em terça, 29 de março de 2016
Confira a reportagem da TV Aldeia