Governo promove webinário em comemoração aos 72 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Evento também faz parte da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres, realizado no estado pela Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres

Há 72 anos, em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) proclamava a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que consiste em “garantir a igualdade em dignidade e direitos para todos os seres humanos sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, local de nascimento, ou qualquer outra condição”. Anos depois, a realidade ainda difere muito dos objetivos almejados naquele momento.

Com essa consciência, o governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM) realizou nesta quinta-feira, 10, um webinário para, além de comemorar a data e finalizar os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres, debater assuntos relacionados aos direitos humanos, e formas de aplicar conceitos e vivências na realidade de nosso estado.

Governo do Estado realizou webinário nesta quinta-feira, 10.

O seminário virtual foi mediado pela titular da SEASDHM, Ana Paula Lima, e contou com a participação de Leonardo de Abreu, professor com experiências na área de Antropologia, que abordou o tema “Direitos Humanos e Emancipação Humana”; da diretora de Políticas para Mulheres da SEASDHM, Isnailda Gondim, expondo o tema “A Violência de Gênero e Direitos Humanos”; e do professor Miguel Guzman, da Universidad San Luís Potosí (México), contextualizando o assunto na realidade internacional, ao trazer o relato “Experiência do México no Enfrentamento da Violência Contra as Mulheres”. Prestigiaram o evento estudantes, servidores e pessoas com grande importância na história da defesa dos direitos humanos no estado do Acre, como Raimunda Bezerra da Silva, uma das fundadoras do Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular do Acre.

Secretária de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres, Ana Paula Lima Foto: Neto Lucena/Secom

“É importante sempre debatermos temas relacionados aos direitos humanos como forma de intensificar as intervenções no combate a violações dos direitos do cidadão, independente de raça, sexo, gênero, e também de fortalecimento das nossas ações dentro da política da assistência social, como importante instrumento de garantia desses direitos”, disse Ana Paula.

Vale ressaltar que atualmente a SEASDHM atua em 14 áreas de promoção dos Direitos Humanos: da Criança e do Adolescente, da Pessoa Idosa; da Pessoa com Deficiência; da População em Situação de Rua; dos Migrantes e Refugiados; da Igualdade Racial e Diversidade Religiosa; da Diversidade Sexual (LGBT); do Registro Civil de Nascimento e outros documentos; da Juventude; das Mulheres; do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas; do Combate ao Trabalho Escravo; do Combate à Tortura; e da Proteção às Vítimas e Testemunhas Ameaçadas.

16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres

Realizados anualmente, os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres fazem parte de uma campanha internacional organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres desde 1991. Atua como forma de mobilizar organizações e cidadãos, em todo o mundo, na prevenção e na eliminação da violência contra as mulheres.

O Acre é o estado brasileiro com o maior índice proporcional do crime de feminicídio, que é o assassinato de mulheres em razão do gênero. Esse dado demanda iniciativas para que o quadro mude.

Para Isnailda Gondim, diretora de Políticas para as Mulheres da SEASDHM, o Acre possui especificidades que devem ser levadas em consideração na hora das ações impeditivas contra violência. “Em nossa região nós temos, por exemplo, mulheres ribeirinhas que sequer conhecem os canais de denúncia. Por isso, é necessário pensarmos nas formas de comunicação, como rádio, para alcançar toda a população e sermos efetivos no enfraquecimento dessa realidade”, apontou.

Na discussão, também foi ressaltada a importância de uma sociedade consciente da sua realidade e os meios de mudá-la. “Quebrar o ciclo da violência contra a mulher é um dever de todos nós, não só do sistema de segurança, do Estado, do sistema de Justiça, mas também da sociedade civil”, observou Isnailda.

Para denunciar ou receber orientações sobre casos de violência contra a mulher, ligue 180.

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