Governador Tião Viana fez um apelo à sociedade pelo engajamento contra os incêndios urbanos e rurais
O governador Tião Viana lançou na manhã desta segunda-feira, 18, o Plano Integrado de Prevenção, Controle e Combate às Queimadas e aos Incêndios Florestais. O evento foi no auditório da Biblioteca Pública, com a presença de membros da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais, secretários de Estado e do município de Rio Branco, autoridades civis e militares, representantes de instituições ligadas à defesa do meio ambiente, pesquisadores e da comunidade.
O plano foi construído a partir da necessidade de enfrentamento à prática de queimadas e para combater os riscos de incêndios florestais, haja vista que o Estado tem passado por longos períodos de estiagem, nos quais as altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar ameaçam as florestas acreanas, a exemplo do que aconteceu no ano de 2005, quando foram registrados sinistros do tipo em várias partes do Estado. O plano foi construído por diversos meses, agregando 26 instituições na sua composição e gestão a partir da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais, que teve seus membros empossados também na manhã desta segunda-feira.
De acordo com o presidente do Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac), Fernando Lima, o plano prevê um aumento maior da fiscalização contra as queimadas. Ele afirma ainda que o plano busca alternativas viáveis para que o produtor rural substitua a prática do fogo nas lavouras por outras mais corretas e também evite danos ao meio ambiente.
“O plano tem um envolvimento muito grande dessas instituições que estão participando da Comissão de Gestão de Riscos Ambientais, principalmente o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, que fazem o combate direto. Mas o mais importante é a participação da sociedade, que tem de estar alerta junto com todos esses que se encontram aqui para trabalharmos a prevenção”, disse Lima.
O governador Tião Viana também fez um apelo à sociedade pelo engajamento contra as queimadas urbanas e rurais. Ele disse que o plano lançado nesta segunda-feira é uma lição de maturidade das instituições, que, numa demonstração de responsabilidade com o meio ambiente e com a qualidade de vida da comunidade, uniram-se para executar um plano que reduz os danos ambientais causados pelas queimadas e pelo mau uso dos recursos naturais do Estado.
“Com esse plano, quem ganha somos nós e as futuras gerações. Eu estou muito esperançoso de que todos nós vamos contribuir bastante, porque estamos amadurecendo cada vez mais nessa caminhada em busca de conviver com respeito aos recursos naturais que nos acolhem como vida”, afirmou Viana. A procuradora de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPE), Patrícia Rêgo, elogiou a construção do plano. Ela lembrou que há alguns anos era preciso a intervenção do MPE para que as instituições se mobilizassem contra as queimadas. Dessa vez, o poder público se adianta e apresenta um plano de combate gerenciado por uma comissão de gestão de riscos ambientais.
“A construção desse plano é muito positiva. Nós temos agora que avançar nas alternativas ao fogo, pois esperamos que, em um futuro muito próximo, possamos banir definitivamente o fogo do nosso convívio”, disse a procuradora.
Bombeiros ganham reforço para combater o fogo
O governo do Estado está adquirindo 14 novos veículos para o Corpo de Bombeiros do Estado. O processo de compra já está adiantado e os equipamentos devem estar à disposição dos bombeiros em pouco tempo. Os veículos devem ser usados em condições especiais, atendendo ocorrências em lugares aonde a viatura de combate a incêndio urbano não tem acesso.
De acordo com o comandante da corporação, coronel Flávio Pires, nos últimos dias têm sido registradas uma média de 20 chamadas para atender focos de incêndio na região urbana. O coronel demonstra preocupação com a evidência de que este ano se mostre mais propício para queimadas urbanas e incêndios florestais. Ele lembra que, neste mesmo período do ano passado, o nível do Rio Acre se encontrava em 2,50 metros, e hoje atinge apenas 2,22 metros. “Isso dá um indício de que a seca deste ano vai ser severa”, lembra o coronel.
Galeria de imagens