Governo federal vai aumentar concessão de vistos para haitianos

Haitianos podem obter o visto diretamente em Porto Príncipe (Foto: Angela Peres/Secom)
Haitianos podem obter o visto diretamente em Porto Príncipe (Foto: Angela Peres/Secom)

O governo federal anunciou esta semana que vai ampliar a emissão de vistos para que imigrantes haitianos possam entrar no Brasil legalmente. A medida visa combater a atuação de grupos que exploram imigrantes em rotas clandestinas. O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Cardozo enfatizou que o governo federal pretende implementar ações de enfrentamento às organizações criminosas que exploram economicamente os imigrantes haitianos que chegam ao país debilitados, sem saúde e com fome. “O que é obviamente inaceitável do ponto de vista dos direitos humanos”, argumentou.

O ministro fez a declaração em Quito, após uma rodada de reuniões com ministros do Peru, da Bolívia e do Equador para discutir o assunto. Segundo ele, o Brasil não pode estabelecer medidas que impeçam as pessoas de terem livre acesso aonde querem viver. Na ocasião, ficou decidido que medidas policiais e de “controle migratório legalizado” está sendo discutida entre os países.

Atualmente, o Brasil emite mais de cem vistos por mês para cidadãos do Haiti, conforme o Ministério da Justiça.  O crescimento da imigração de haitianos preocupa, sobretudo, autoridades do Acre. O governador do Estado, Tião Viana defende que a responsabilidade pela recepção dos imigrantes seja compartilhada com outros estados.

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Gabriel Gelpke, com a emissão dos vistos em Porto Príncipe os imigrantes haitianos não precisarão mais entrar no Brasil pelo Acre. “O governo federal, por meio do Ministério da Justiça, está de parabéns por cumprir tudo o que foi pactuado com o governo do Acre e demais governos da federação no que diz respeito à articulação interna dos imigrantes no país. Temos visto um excelente trabalho sendo realizado também no intuito de evitar o tráfico de pessoas”, avaliou.

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