Ação do Governo do Estado traz grandes benefícios à população e melhora a autoestima e a qualidade de vida dos moradores
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 Primeira fase do programa de pavimentação de ruas em Assis Brasil será entregue nesta sexta-feira pelo governador Tião Viana (Foto:Assessoria Depasa) |
Se em Assis Brasil alguém perguntar pelo Francisco Alves da Silva, poucos o conhecerão. Mas se perguntar pelo “Boliviano”, a cidade praticamente inteira o conhece. Ele mora na rua Eneide Batista, cuja pavimentação será entregue nesta sexta-feira, 4, pelo governador Tião Viana e pelo diretor-presidente do Depasa, Gildo César, contemplando, assim, a primeira fase do programa Ruas do Povo no município.
Embora não goste muito do apelido, mas já tenha se acostumado,“Boliviano” é quase tão antigo em Assis Brasil quanto o vilarejo que deu origem à cidade. Lembra bem de todos os fatos. Aos 56 anos, dos quais 50 morando no município, diz que quando chegou não havia mais do que trinta casas na localidade e que a rua onde mora não passava de um campo das lojas Chaar.
Mas isso faz muito tempo. Somente há pouco mais de 20 anos é que a Eneide Batista foi tomando jeito de rua, segundo “Boliviano”. As dificuldades que enfrentava era praticamente as mesmas de moradores de outras ruas e cidades que sofriam com a lama durante o inverno e a poeira durante o verão. “Quando chovia ficava realmente muito ruim para a gente andar aqui”, recorda.
Além da Eneide Batista, o governador Tião Viana vai entregar também a parte final da rua Marechal Castelo Branco, concluindo assim o primeiro lote de 12 ruas que estavam previstas para serem entregues à população. Para a segunda fase, serão mais 39 ruas a serem pavimentadas, num total de 10 quilômetros de ruas, tirando todos os moradores de Assis Brasil do sofrimento da lama e da poeira.
Depois de tanto tempo, “Boliviano” já nem acreditava mais que algum benefício pudesse ser feito na sua rua. Passou a ter um pouco mais de esperança quando foi inaugurado um posto de saúde. “De lá para cá comecei a apostar um pouco mais nesse governo, que poderia fazer um pouco mais pela gente”. E está fazendo. Junto com a pavimentação das ruas, o governo do Estado, através do Depasa, trabalha também para que os moradores de Assis Brasil tenham água em tempo integral.
Ele tinha seus motivos para deixar de acreditar. O terreno onde mora é praticamente um igapó e há cerca de dois anos havia próximo a sua casa um grande atoleiro onde os moradores aproveitaram para colocar placas do tipo “proibido pescar” como forma de protesto. “Mas agora, olhando para essa pavimentação que está ficando pronta, a gente vê que o trabalho está uma maravilha e que temos um governo que realmente olha para a gente”, faz questão de dizer.
Empregos garantidos
O Programa Ruas do Povo traz grandes benefícios à população e melhora a autoestima das pessoas e a qualidade de vida dos moradores. Isso é fato. Mas o programa faz muito mais do que isso. O Ruas do Povo movimenta a economia do município, já que além dos impostos que são pagos pela empresa responsável, os trabalhadores contratados são moradores da cidade. Para se ter uma ideia, a Inca, empresa responsável pelo trabalho de pavimentação, está contratando somente nesta fase de conclusão da rua Eneide Batista um total de 40 trabalhadores. O encarregado da obra, Moacyr Pereira dos Santos, explica que houve momentos em que foram contratados de uma única vez mais de 100 trabalhadores.
Num cálculo simples, cada trabalhador ganha em média 800 reais de salário. Considerando todos os trabalhadores que já foram contratados, estipula-se que uma média de R$ 500 mil já tenham sido pagos em salários e circulando no próprio município de Assis Brasil.
O próprio Moacyr faz questão de dizer que agora não está faltando trabalhador, mas em outros momentos do programa Ruas do Povo, ele não encontrou trabalhadores à disposição. “Tivemos sim que recorrer à prefeita Eliane Gadelha para que nos cedesse alguns trabalhadores para a conclusão dos trabalhos”, informa.
A prioridade por trabalhadores do próprio município faz toda a diferença. Aurecildo Conrado, de 28 anos, por exemplo, ficou desempregado em dezembro do ano passado. Fez sua ficha na empresa e graças ao Programa Ruas do Povo não sabe o que é ficar parado desde julho deste ano. “Graças a Deus estamos trabalhando e isso é muito bom”, diz.
Quem também reconhece a importância do programa é o trabalhador Irlei da Silva. Aos 22 anos, ele estava desempregado há cerca de cinco meses. “É muito ruim. As contas chegando e você não sabe como fazer”, diz. Ele se sente feliz também por estar tirando o sofrimento dos moradores. “Essa rua aqui [Eneide Batista], por exemplo, era muito triste, não passava nem carro”.
Carro não passava
Somente quem precisa de uma rua pavimentada sabe o sofrimento de morar em condições inadequadas. É o caso de Seu Raimundo Nonato Camelo, de 41 anos. Ele mora no final da rua Eneide Batista e tem um carrinho com o qual garante o sustento da família.
Mas a situação não era fácil. Como a rua até pouco não dava trafegabilidade, ele era obrigado a deixar o veículo “na outra rua”, que passa por trás de sua casa, mas que também durante o inverno não havia a menor condição de se andar. “Sofremos muito. Quando a gente precisava trazer alguma coisa, tinha que colocar nas costas até aqui”, conta.
