Governo discute participação das mulheres nas mudanças climáticas

Evento propõe às trabalhadoras rurais empoderamento e participação nas  decisões sobre gerenciamento das florestas (Foto: Arison Jardim)
Evento propõe às trabalhadoras rurais empoderamento e participação nas decisões sobre gerenciamento das florestas (Foto: Arison Jardim/Secom)

Teve inicio na manhã desta quarta-feira, 10, a primeira oficina “Gênero, Florestas e Mudanças Climáticas”, realizada pelo Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais do Acre (IMC), em parceria com a Rede Acreana de Mulheres e Homens, o World Wide Fund for Nature (WWF), a SOS Amazônia, a Universidade da Flórida (UF) e a Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres (SEPMulheres).

O evento é realizado no Centro de Estudos Jurídicos, da Procuradoria Geral do Estado (PGE), e segue até o dia 12 deste mês, com a participação de extrativistas, produtoras rurais, indígenas, representantes de associações e organizações não governamentais (ONG), bem como servidores do Estado.

Trabalhadoras rurais participaram do evento para discutir gerenciamento de florestas no Acre (Foto: Angela Peres/Secom)
Extrativistas, produtoras rurais, indígenas, representantes de associações, ONGs e servidores do Estado participam dos debates (Foto: Angela Peres/Secom)

De acordo com a diretora-presidente do IMC, Magaly Medeiros, a política de desenvolvimento sustentável do Acre é exemplo para o mundo, por isso a oficina pode impulsionar o gerenciamento das florestas com baixa emissão de carbono. “O Acre é referência global em políticas que garantem a renda dos povos tradicionais tendo como base as boas práticas ambientais. Por isso, é importante que as mulheres sejam empoderadas e participem das grandes decisões sobre como as nossas florestas serão gerenciadas”, explicou.

A Universidade da Flórida, parceira do Estado no desenvolvimento de projetos sustentáveis há 29 anos, é uma das instituições aliadas na realização da oficina. A antropóloga e pesquisadora da UF Marianne Schmink afirma que o Acre tem uma proposta de desenvolvimento sustentável diferente dos outros Estados brasileiros.

“Eu vim ao Acre pela primeira vez em 1986, conheci o Chico Mendes e desde aquela época, as causas ambientais que movimentavam a história do Acre. Há quase 30 anos trabalhando em cooperação com o Estado, eu posso afirmar que aqui se tem uma proposta de desenvolvimento sustentável voltada para as populações tradicionais. Esse é o grande diferencial do Acre”, contou.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter