Governo abre processo seletivo para a Educação Indígena

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE) e da Secretaria de Gestão e Planejamento (Seplag), abriu processo seletivo simplificado para a contratação temporária (por dois anos) de professores para a educação indígena.

As inscrições estão sendo realizadas somente pela internet pelo site www.seplag.ac.gov.br a partir desta quarta-feira, 18, e vai até às 12h do dia primeiro de abril. O processo seletivo destina-se, em sua maioria, à contratação de professores indígenas.

Os interessados que não tiveram acesso à rede mundial de computadores podem procurar os núcleos da SEE nos municípios de Assis Brasil, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Manoel Urbano, Jordão, Tarauacá, Feijó, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo ou Rodrigues Alves a fim de realizar a inscrição.

Processo seletivo é para contratação de professores indígenas Foto: Stalin Melo

A seleção dos professores será realizada por meio de análise curricular no Departamento Estadual de Educação Indígena em Rio Branco, situado à rua Rio Grande do Sul (antigo Sebrae) e será realizada por meio de sessão pública, aberta aos interessados e acompanhada por representantes do Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Organização dos Professores Indígenas do Acre (OPIAC).

Há vagas destinadas a todos os níveis de ensino, desde o Infantil, passando pelo Fundamental, anos Iniciais, Fundamental anos finais e Médio. A análise das informações curriculares contemplará um total de 100 (cem) pontos, distribuídos da seguinte forma: 42 pontos para a titulação, 28 pontos para a etnicidade e 30 pontos para a experiência profissional.

São aproximadamente 540 vagas neste processo seletivo destinadas a todas as aldeias indígenas do Estado e mais informações, bem como o edital, podem ser obtidas no próprio site da Seplag.

Corrigindo distorção histórica

De acordo com o chefe do Departamento de Educação Indígena da SEE, Nilo Barreto, o processo seletivo para a contratação de professores indígenas se faz necessário para corrigir uma distorção histórica. Segundo ele, os contratos dos professores terminava sempre no mês de dezembro sem quaisquer garantias legais.

“Os professores terminavam os contratos em dezembro, ficavam sem salários de dois a três meses e ficavam sem saber se voltariam a dar aulas novamente em suas aldeias. Agora com o seletivo, possibilitamos garantias jurídicas e a permanência desses professores em sala de aula”, explicou.

Após a contratação desses professores, o Departamento realizará a formação inicial e continuada, garantindo a qualidade de ensino aos alunos em todas as aldeias de nosso Estado. “Esse processo seletivo também nos permitirá qualificar melhor nossos professores”, disse.

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