Lançada oficialmente pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), nesta sexta-feira, 6, a 16ª Semana Justiça pela Paz em Casa realizará nos próximos dias um grande mutirão de audiências de processos relacionados à Lei Maria da Penha, além de atividades educativas e palestras em escolas públicas. A iniciativa ocorre em todo o país e faz parte das comemorações em alusão ao Mês da Mulher.
A expectativa é que, aproximadamente, 500 audiências sejam julgadas nos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Sena Madureira, Epitaciolândia, Xapuri, Acrelândia, Capixaba, Bujari, Plácido de Castro e Porto Acre.
Segundo a coordenadora do evento, desembargadora Eva Evangelista, o mutirão contará com várias equipes para atender a demanda. Vinte e dois juízes de direito ficarão responsáveis pelas audiências de instrução e julgamento, oitivas e retratação.
“Do dia 9 ao dia 13 de março, todos os Tribunais de Justiça do país estarão envolvidos na Semana Justiça pela Paz em Casa. Também faremos a conscientização mediante palestras e muitas outras atividades serão oferecidas para a população”, salientou a desembargadora.
O presidente do Tribunal de Justiça destacou que é preciso somar esforços para combater a violência doméstica em todas as suas formas. Para Francisco Djalma, este é um clamor social e que tem recebido a atenção necessária do judiciário acreano.
“Sabemos que há um índice muito grande de violência doméstica no Brasil e o Tribunal de Justiça do Estado do Acre não poderia ficar de fora. Temos um corpo de juízes que irá trabalhar em mutirão e para o Poder Judiciário é uma satisfação muito grande implementar políticas como esta porque sabemos da necessidade que a sociedade exige de combater a violência doméstica”, ressaltou.
Presente no evento, o governador Gladson Cameli disse que o Estado faz questão de apoiar iniciativas como esta. O gestor disse não aceitar os atuais índices de violência contra a mulher e que seu governo tem trabalho para reverter a situação.
“Quantos de nós não conhecemos uma mulher que já sofreu ou ainda sofre com a violência doméstica? A nossa sociedade avançou e não aceita mais este tipo de situação. Estamos pregando uma cultura de paz, trabalhando na prevenção, mas também estamos prontos para atuar contra aqueles que insistem em desobedecer as nossas leis”, declarou.
Gladson citou ainda o programa Acre pela Vida como importante ferramenta capaz de contribuir com uma nova cultura de paz social. Pontuou que tem acompanhado o projeto de perto e solicitou o apoio de todas as instituições para que todo o planejamento seja realmente efetivado em ações práticas.
“O Acre pela Vida é um programa que veio para dar um novo rumo para o nosso estado. Não somente por meio da repressão na área da Segurança Pública, mas, principalmente, criando oportunidades para a população. Seja na geração de empregos, melhorias na Educação, Saúde e outras áreas. É desta maneira que vamos progredir e dizer que este é um programa de Estado, por isso, é muito importante o envolvimento e união de todas as instituições para que possa dar certo”, afirmou.
O evento realizado na Cidade da Justiça, em Rio Branco, foi prestigiado ainda pela desembargadora Waldirene Cordeiro, pelo procurador João Pires, pelo juiz Daniel Bonfim, pela juíza Shirlei Hage e demais autoridades.