Estudantes e profissionais de saúde participam de palestra sobre hanseníase

Estudantes e profissionais de saúde participaram de uma palestra sobre os aspectos históricos, epidemiológicos, sociais, clínicos e laboratoriais da hanseníase. O evento ocorreu no auditório do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco, com o objetivo de socializar informações e trocar experiências quanto ao manejo clínico da doença (período entre o atendimento do paciente, o tempo em que ele é atendido e classificado com a doença e o encaminhado para o tratamento)

A palestra foi ministrada pelo professor-doutor José Martins Pinto Neto, do Curso de Medicina da Universidade Brasil (Campus de Fernandópolis/São Paulo), direcionada aos estudantes dos cursos de medicina e enfermagem da Universidade Federal do Acre (Ufac), União Educacional do Norte (Uninorte), Faculdade Meta (Fameta) e profissionais de saúde que atuam no programa de eliminação da hanseníase no estado e município.

“Aqui estamos debatendo sobre uns dos temas mais importantes para a saúde pública do Brasil. Além desse encontro, também tive a oportunidade de ir à casa de acolhida Souza Araújo, que para mim foi um momento único e emocionante, no qual pude conhecer alguns personagens da história da hanseníase do Acre”, comentou Pinto Neto.

Números da hanseníase no Acre        

No Acre, embora a hanseníase ainda não tenha sido eliminada, os casos novos da doença vêm diminuindo desde 2005, quando foram registrados 358 casos. No ano passado, por exemplo, foram notificados 132 casos, representando uma redução de 63,13% nas notificações da doença.

De acordo com Franciely Gomes, coordenadora do Serviço Especializado em Dermatologia, o estado reduziu em 2015 98% na prevalência da doença. Se nos anos 80 registravam-se 110 casos de hanseníase por 10 mil habitantes, em 2015 o número passou para dois casos a cada 10 mil.

Gomes disse que o governo do Estado vem investindo em pesquisas, por meio de programas de mestrado e doutorado para profissionais da saúde, nos quais os pesquisadores realizam pesquisas científicas dentro dos sistemas de saúde, contribuindo para a melhoria e qualidade dos serviços.

“Com a implementação de ações específicas, a partir dos resultados das pesquisas, podemos nos aproximar ainda mais da possibilidade de controle e eliminação da doença aqui no estado”, disse a gerente.

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