Estado apoia iniciativa para mulheres no contexto da regulação do clima e conservação da biodiversidade

A Companhia de Desenvolvimento e Serviços Ambientais (CDSA), órgão ligado à Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre (Seict), participou, na última terça-feira, 8, do II Encontro de Coordenadoras dos Organismos de Políticas para Mulheres (OPM), realizado pela Diretoria de Políticas para Mulheres da Secretaria de Estado de Assistência Social dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (SEASDHM), com o objetivo de aprofundar o diálogo entre gestoras da área, discorrendo sobre o protagonismo das OPM.

Rosangela Benjamim, diretora Técnica de Projetos da CDSA, no evento. Foto: cedida

Idealizado pela diretora da SEASDHM, Isnailda Gondim, o evento, realizado no Cine Teatro Recreio, em Rio Branco, contou com a participação de representantes de todos os municípios acreanos. Na oportunidade, Rosangela Benjamim, diretora técnica de Projetos da CDSA, lançou, em sua apresentação, o desafio para os municípios, vislumbrando a adesão ao projeto FeiraSisa+  (cdsafeirasisa.acreppp.org), site estruturado desde 2020 para negociação de produtos de mulheres produtoras de baixas emissões de carbono.

“O contato com as produtoras é fundamental para o alinhamento de ideias, visando melhorias para esse serviço. O futuro é digital, e queremos que elas tenham meios para utilizar a plataforma por conta própria. A cada dia progredimos mais, elas aprendem rápido. Não há desafio que essas mulheres não consigam superar’’, afirma Rosangela.

A coordenadora do OPM de Santa Rosa do Purus, Osmarina Kaxinawá. Foto: cedida

Ela também discorreu sobre o tema das mulheres no contexto da regulação do clima e conservação da biodiversidade, para desenvolvimento da bioeconomia em cadeias produtivas de baixas emissões de CO2. O projeto compõe as ações desenvolvidas pela CDSA, como a ação de salvaguardas socioambientais, repartição de benefícios e fortalecimento cultural e econômico das mulheres indígenas na construção de estratégias de enfrentamento às consequências da pandemia do Covid-19, tendo como beneficiárias mais de 400 mulheres indígenas, extrativistas, ribeirinhas e produtoras rurais de baixas emissões de carbono.

Esse encontro é necessário para que haja o fortalecimento dos órgãos voltados à causa, visando o envolvimento entre o poder público, disseminando as políticas para as mulheres nos municípios, agregando conhecimento e estimulando a transversalidade da política de gênero.

“As mulheres não são e nem devem ser vistas como vítimas, nem heroínas. Mas, sim, estão nos grupos dos mais vulneráveis na emergência climática. Em diferentes aspectos, não apenas por questões de gênero. Raça, etnia, classe social e região, por exemplo, podem fazer com que esses impactos sejam vivenciados de formas distintas”, acredita Isnailda Gondim.

Entre os participantes, estavam Gleyce Anne Cardoso, coordenadora-geral de Acesso à Justiça e Fortalecimento da Rede de Atendimento à Mulher da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH); a chefe do Departamento de Políticas de Promoção de Direitos Humanos da SEASDHM, Goreth Pinto; a presidente do Comitê Global e Regional para Parceria com os Povos Indígenas, Francisca Arara; e primeiras-damas de seis municípios.

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