Escola acreana recebe Prêmio Nacional de Igualdade de Gênero

A escola estadual Georgete Luan Kalume, de Rio Branco, foi um dos dez colégios contemplados com o prêmio nacional ‘Construindo a Igualdade de Gênero’ que, este ano, chega a sua nona edição. A premiação é oferecida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM) e, busca incentivar e reconhecer iniciativas que estimulam a reflexão sobre as desigualdades existentes entre mulheres e homens, com as abordagens de raça, etnia, geração, sexualidade e classe social.

O projeto alfabetiza mulheres da comunidade, além de oferecer oficinas e palestras (Foto: Cedida)
O projeto alfabetiza mulheres da comunidade, além de oferecer oficinas e palestras (Foto: Cedida)

A instituição de ensino recebeu a honraria por conta do projeto ‘Vivia e Não Via. Agora Vejo’, que alfabetiza mulheres da comunidade, ao passo que promove palestras sobre sexualidade e direitos da mulher. Além de organizar oficinas de capacitação em confecção de bombons e artesanatos, com o intuito de estimular a formação e independência das novas alunas.

O projeto, inicialmente, era voltado para as mães dos alunos, mas depois foi ampliado para as mulheres da comunidade que tinham interesse. A interação entre as mães e a escola resultou diretamente no desempenho escolar dos filhos. Com o tempo, foi possível perceber o maior interesse dos alunos pela escola e consequentemente o aumento do número de aprovações, refletido na nota da escola no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

“Quando começamos o projeto havia um percentual expressivo de reprovação e evasão escolar e, isso nos preocupava muito. Ao fazermos o levantamento dos dados desses alunos, percebemos que os pais não assinavam a matrícula. Foi quando iniciamos os trabalhos de alfabetização com as mães e identificamos que a autoestima delas era muito baixa, que os maridos não a deixavam estudar”, destacou a diretora do colégio Nilva Souza.

Entre 2012 e 2013 mais de 100 mulheres já foram alfabetizadas e inseridas nos programas de Educação para Jovens e Adultos (EJA). “A gente tem visto resultados positivos. Por meio da alfabetização escolar abre-se uma nova visão de mundo, direitos e conhecimentos para essas mulheres que, antes, não compreendiam nem o seu papel na sociedade”, ressaltou a gestora.

Com a premiação de dez mil reais, a escola pretende ampliar os cursos profissionalizantes oferecidos às mulheres. As inscrições para a décima edição do prêmio estão abertas.  Escolas, estudantes do ensino médio, graduação e pós-graduação poderão inscrever trabalhos até 28 de novembro de 2014, no site www.igualdadedegenero.cnpq.br/igualdade.

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