DIVISOR – Mistério e Magia

 

O turismo como instrumento de inclusão social e preservação ambiental 

O Acre está  no centro da Panamazônia, região integrada pelo Brasil, Bolívia e Peru, onde vivem num raio de 1.000 quilômetros, cerca 42 milhões de pessoas de diferentes culturas.

Os investimentos na promoção e infraestrutura turística se justificam com o aumento do fluxo de turistas no Estado, demonstrado através da movimentação de passageiros pelos aeroportos, rodoviárias e fronteiras do Acre com o Peru e a Bolívia – e é uma política defendida pelos que têm contato com o parque. "O turismo vai ajudar na preservação e na melhoria de vida da comunidade que vive aqui", afirma Miro, que está implantando uma estrutura de mini-pousada para receber visitantes.

O nome do Parque origina-se de uma importante característica geomorfológica que existe na área.  A região, na qual está  assentado o Parque Nacional da Serra do Divisor, é o divortium aquarum (divisor de águas) das bacias hidrográficas do Médio Vale do Rio Ucayali,  no Peru,  e do Alto Vale do Rio Juruá, no Acre.

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"Isso é do nosso interesse também", disse Benita Roktaeshel, coordenadora nacional de Visitação de Parques do Instituto Chico Mendes, o órgão responsável pela fiscalização dos parques nacionais. No fluxo internacional, de acordo com a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer (Setul) se observa que turistas param ou passam depois de estarem na Bolívia (o acesso aos Andes também se dá por La Paz, a partir da fronteira com Cobija, capital do Departamento do Pando, com voos diários) ou Peru (via Puerto Maldonado). Nacionalmente, ganha cada vez mais destaque o turismo de negócios, o religioso e o sócioambiental-vivencial, ou seja, o das pessoas que viajam ao Acre com interesse de fazer negócios e/ou montar suas empresas por aqui, àqueles que vêem para as experiências místicas especialmente relacionados ao Santo Daime, e outros para conhecerem as experiências de sustentabilidade dos Povos da Floresta.

 

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Nesse sentido, o Governo do Estado defende o pleno desenvolvimento também da rota Caminhos das Aldeias e da Biodiversidade, sendo que é indispensável que seja implantado o Plano de Uso Público PUP do Parque Nacional da Serra do Divisor, cuja estimativa preliminar de custo para a elaboração dos projetos, implantação e operação das atividades foi estipulado em R$ 3,2 milhões. O recurso, anunciou Benita, está assegurado no orçamento do Instituto Chico Mendes para este ano. "Ali o visitante irá encontrar uma natureza exuberante, um ambiente rico e único", disse o secretário de Esportes, Turismo e Lazer do Acre, Cassiano Marques. A rota está se consolidando e há uma agência, a Manaaim Turismo, se credenciando para levar turistas ao Divisor. "Não tenho dúvida que se converterá em um grande destino de ecoturismo na região", disse João Bosco Nunes, dono da Manaaim. 

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