O governo do Acre, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd), orienta a população acreana a evitar viagem ao Peru, país vizinho e fronteiriço com cidades acreanas.
Na manhã desta quarta-feira, 1º, foi promovida uma reunião na Casa Civil pelo gestor da Seasd, Lauro Santos, sobre as relações de translado entre os países e as dificuldades enfrentadas.
O pedido para evitar o deslocamento para o Peru parte da avaliação sobre os conflitos internos relacionados à instabilidade política que ocorre no país vizinho após a deposição do presidente do Peru, Pedro Castilho, que geraram diversas manifestações violentas por todo o país. A atual presidente Dina Boluarte chegou a decretar toque de recolher e o controle de estradas e rodovias, a fim de reduzir as manifestações.
A orientação parte também da dificuldade de ação do Brasil em solo estrangeiro para auxiliar os brasileiros em caso de intercorrências e necessidades.
“É recomendado que alertemos a população, principalmente no período de feriados, a não ir ao Peru a turismo, somente em caso de extrema necessidade, uma vez que não temos segurança jurídica para garantir o trânsito e depois a repatriação dos brasileiros no território peruano. É desaconselhável a realização de viagens a turismo no país vizinho”, explica o gestor da Seasd, Lauro Santos.
Participaram da reunião o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Danilo Lovisaro; representando o comandante do 4° Batalhão de Infantaria de Selva (4° BIS), o Major Góes; o superintendente da Agência Brasileira de Inteligência no Acre, Éder Manfrin; a presidente do Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas/AC), Neila Fernandes; e a assessora técnica regional da Pastoral do Migrante, Aurinete Brasil, entre outros representantes, da Defensoria Pública da União, Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e Casa Civil.
“O Ministério Público do Acre está à disposição para colaborar, com a atuação na ponta, por meio do trabalho do promotor de Justiça Juleandro Martins, fiscalizando e cobrando os órgãos e contribuindo com a sua visão sobre as questões mais sensíveis na área de fronteira, ou no que possamos auxiliar com as demais instituições, por meio do Grupo de Atuação Especial em Contextos Migratórios”, explica o procurador-geral, Danilo Lovisaro.