Diagnóstico avalia detalhamento de prejuízos da enchente em Xapuri

(Foto: Arison Jardim)
Com a alagação, centenas de ribeirinhos perderam a produção em Xapuri (Foto: Arison Jardim/Secom)

Xapuri, distante 189 quilômetros de Rio Branco, foi um dos municípios mais atingidos pela enchente histórica do Rio Acre em 2015, na qual cerca de 25% dos imóveis da cidade foram atingidos.

O prejuízo estimado chegou à casa dos R$ 20 milhões – grande parte na zona rural, com a perda da produção de centenas de produtores ribeirinhos.

O governo do Acre e o Sebrae estão juntos levantando informações para o mais completo diagnóstico já realizado nas localidades atingidas pelas cheias dos rios no estado.

Em Xapuri, os técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) iniciaram na quarta-feira, 5, visitas às áreas rurais atingidas pela alagação. É na conversa com os produtores que são colhidas as informações de tudo o que foi destruído pela força das águas.

Técnicos da Seaprof iniciam entrevistas com produtores rurais para diagnóstico sobre prejuízos provocados por enchente (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Técnicos da Seaprof iniciam entrevistas com produtores rurais para diagnóstico sobre prejuízos
provocados por enchente (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

É o caso do produtor José Osvaldo Alves, morador do Ramal Ribeiracre II, na Estrada da Variante, que perdeu dez mil pés de mandioca, 200 de banana e 500 covas de abacaxi, além de a água ter destruído seis hectares de pimenta longa.

Ele conta que, dos 30 hectares que possui no local, apenas oito não foram atingidos. “Se colocar tudo na ponta do lápis, nós perdemos aqui mais de 300 mil reais. Mas não vamos desistir. Com a ajuda do governo, vamos voltar a plantar e produzir ainda mais”, destaca.

Só em Xapuri a meta é levantar os prejuízos de cerca de 400 produtores rurais até o fim de novembro. “Podemos até passar dessa meta, já que os produtores são apenas os que estão cadastrados e moram às margens dos rios. Há também os que foram atingidos pelo transbordo dos igarapés”, afirma Raimundo Vagner da Silva, técnico agropecuário da Seaprof.

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