Em 2014, os recursos liberados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para os pequenos produtores do Acre foram da ordem de R$ 80 milhões, o que representou um aumento de 165% em relação aos R$ 30,5 milhões liberados em 2010.
Para este ano, o Pronaf dispõe de R$ 60 milhões, que devem atender agricultores familiares de todos os 22 municípios do Acre, responsáveis hoje pela maior parte dos alimentos produzidos no estado.
O investimento do Pronaf no Acre se soma aos trabalhos de assistência técnica e de fomento que o governo Tião Viana vem prestando aos milhares de pequenos agricultores acreanos para aumentar a produtividade e a produção de alimentos no estado.
“Os aumentos dos recursos do Pronaf, da produtividade e da produção de alimentos no estado representam o compromisso que as gestões da presidenta Dilma Rousseff e do governador Tião Viana têm com os pequenos agricultores do país e com a segurança alimentar da população brasileira”, diz o economista Idésio Franke, presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre (Emater).
Além de receber assistência técnica da Emater, os mais de quatro mil agricultores familiares do estado também contam com o apoio de fomento das Secretarias de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seap).
Pelos dados do Pronaf, entre os anos de 2010 e 2014, Tarauacá foi o município que apresentou o maior aumento do volume de recursos de crédito do Pronaf, saindo dos R$ 744 mil liberados em 2010 para os R$ 6,2 milhões repassados em 2014, representando um crescimento de nove vezes.
No mesmo período, Rio Branco e Plácido de Castro tiveram o segundo maior aumento do volume de recursos do Pronaf, com sete vezes mais. Rio Branco pulou dos R$ 4,3 milhões concedidos em crédito em 2010 para R$ 30,5 milhões no ano passado. Plácido saiu de R$ 1,4 milhão em 2010 para R$ 10 milhões em 2014.
Xapuri e Brasileia ficaram em quarto e quinto lugares no aumento de crédito no Acre entre os anos de 2010 e 2014. Xapuri aumentou em 4,3 vezes o volume dos créditos, passando de R$ 1,6 milhão em 2010 para R$ 7,5 milhões em 2014. E Brasileia saiu de R$ 2,2 milhões para R$ 4,1 milhões.
Ações governamentais beneficiam várias cadeias produtivas
Segundo o presidente da Emater, Idésio Franke, a empresa vem aumentando gradativamente o número de produtores e o valor financiado para a agricultura familiar do Acre, principalmente nos projetos de assentamento do Incra, nos polos agroflorestais e nas áreas ribeirinhas.
A Emater também trabalha para o financiamento destinado aos empreendedores rurais, sempre visando aumentar a renda das famílias, fortalecendo-as para que passem a fazer parte da nova classe média rural acreana.
Os financiamentos destinados aos agricultores familiares estão relacionados às cadeias produtivas rurais apoiadas pelo governo Tião Viana por meio da Seaprof, Seap, Idaf, Imac, Sema e Sedens. As cadeias produtivas incluem a criação de aves, suínos, peixes, ovelhas e gado e o plantio de milho, banana, mandioca, seringueira, açaí e frutíferas, além de castanha e de madeira manejada.
“O técnico da Emater elabora a Declaração de Aptidão do Produtor e o projeto de financiamento para a atividade produtiva escolhida. Encaminha ao Basa ou ao Banco do Brasil para avaliação e, depois, para a liberação do dinheiro”, explica o presidente da Emater.
Para Idésio Franke, doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília, as ações de assistência técnica e fomento aos agricultores familiares no Acre obedecem a uma determinação do governador Tião Viana, que acredita serem elas instrumentos fundamentais para a modernização da agricultura e a melhoria da qualidade de vida do homem do campo.