No início de 2011, o governo do Estado adquiriu 41 mil mudas de coco no Nordeste e as distribuiu para 40 produtores em Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. Além de fornecer as mudas, o governo participou de ações de mecanização, bem como de adubação do solo. Hoje, três anos depois, começam a aparecer os primeiros cachos de coco.
O agricultor Manoel de França, mais conhecido por “Louro”, morador das margens da AC-407, na Vila Santa Rosa, em Cruzeiro do Sul, foi um dos beneficiados com o primeiro plantio de coco. Ele tem hoje 760 pés, todos com aspecto saudável e alguns já apresentando a “espada”, ou seja, a estrutura inicial que vira um cacho de coco.
Louro é um agricultor entusiasta. Em sua propriedade, trabalha em várias frentes. Cultiva macaxeira – recentemente plantou cinco hectares – e também fabrica farinha. Conta que tem roça madura que dá para fazer 300 sacas de farinha. Também planta vários tipos de fruteiras e diz que está interessado em plantar açaí.
Mas os coqueiros o enchem de orgulho especial. Ele relata que recentemente aplicou pela terceira vez adubo na plantação, componente fornecido pelo governo do Estado: “O coco dá trabalho, já limpei umas quinze vezes nestes três anos. Mas quando estiver colhendo a produção, terei uma renda muito boa”.
O governo já distribuiu 89 mil mudas de coco, beneficiando 320 famílias no Vale do Juruá. A região, especialmente Mâncio Lima, já foi grande produtora de coco, exportando até para fora do estado. Daqui a dois anos, grande parte do coco plantado já estará produzindo o que pode eliminar a necessidade de importação do produto de outros estados para abastecer Rio Branco.