Dos 22 municípios acreanos, 20 estão representados na II Conferência dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conede) e o governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds).
A abertura foi realizada na manhã desta terça-feira, 17, no Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac). O primeiro dia de evento contou com a presença de 310 pessoas, entre representantes da sociedade civil e do governo, além de movimentos ligados à proteção dos direitos das pessoas com deficiência.
O tema deste ano é “Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: a transversalidade como radicalidade dos direitos humanos”.
Trata-se de uma discussão ampla e inovadora, segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Gabriel Maia. “Uma marca da nossa gestão é colocar os direitos das pessoas com deficiência como tema transversal a todas as políticas públicas, sejam elas habitação, saúde, educação, cultura. Essa discussão é nacional, e o Acre já está adiantado nesse debate”, disse.
Odimar Pereira, que ficou paraplégico depois de um acidente, participou pela primeira vez de uma conferência na qual seus direitos foram discutidos.
“Estou me sentindo honrado por ver tanta gente lutando para garantir meus direitos. Quem anda de cadeira de rodas precisa de mais infraestrutura, e nesse evento posso reivindicar isso”, relatou.
A II Conferência Estadual termina no próximo dia 18, e as propostas selecionadas nesta etapa serão apresentadas na fase nacional prevista para 7 a 9 de dezembro, em Brasília.
O assessor técnico da Secretaria Nacional de Promoção da Pessoa com Deficiência, José Edmilson Souza, participou da abertura da conferência e relatou o papel do governo federal nesse processo de construção da democracia.
“Estamos aqui para ouvir os participantes e garantir que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário possam compreender como criar e executar melhor as políticas públicas voltadas para a pessoa com deficiência”, explicou.
