Conferência de Saúde das Mulheres debate sobre políticas públicas, trabalho e vulnerabilidade

Secretário de Saúde durante abertura da 1ª Conferência Estadual de Saúde da Mulher (Foto: Júnior Aguiar)

Teve início na tarde de quarta-feira, 29, a I Conferência Estadual de Saúde das Mulheres, no auditório do Resort Hotel, em Rio Branco. O evento é preparatório para a 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher, prevista para agosto, em Brasília.

Como anfitriões da conferência, estavam o secretário de Estado de Saúde Gemil de Abreu Junior e a presidente do Conselho Estadual de Saúde, Rossana Freitas.

Também participaram da solenidade de abertura, a secretária de Políticas para as Mulheres Concita Maia, representando o governo do Estado, vice-prefeita Socorro Néri e secretário de Saúde de Rio Branco Oteniel Almeida, além de representantes da Universidade Federal do Acre (Ufac), vereadores, coordenadores e delegados da conferência, estudantes e servidores de diversas secretarias do Estado.

Com o tema “Saúde das Mulheres: desafios para a integralidade com equidade”, o evento tem como proposta a criação de diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.

Conforme o Conselho Nacional de Saúde, a conferência será o espaço político de debate de ideias, de enraizamento de valores e práticas para o desenvolvimento da capacidade de formulação que propicie o crescimento da força das mulheres para se livrarem do jugo patriarcal, do machismo, do sexismo e da misoginia e que contribua para o avanço do controle social no SUS, para a garantia da atenção integral à saúde das mulheres, sem qualquer forma de preconceito e discriminação.

“Esperamos que muitas experiências possam ser trocadas durante esses dias e que daqui saiam oportunidades maiores para as mulheres de todo o estado em relação à sua saúde”, disse Gemil Junior.

Durante os três dias de programação, serão debatidos temas como o papel do estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde da mulher, o mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde da mulher, vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde da mulher e políticas públicas para a mulher e a participação social.

Conferência tem a participação de mulheres de todos os municípios do Acre (Foto: Junior Aguiar/Sesacre)

O que disseram

“Após 30 anos da primeira Conferência de Saúde da Mulher, retomamos a discussão e temos a oportunidade de discutir propostas sobre a nossa realidade local. A expectativa é de que essa Conferência seja a efetivação do controle social no SUS, reintegrando as bases para a construção de uma nova agenda na luta para a saúde das mulheres. Esse é o marco”, Rossana Freitas, presidente do Conselho Estadual de Saúde.

“O nosso esforço em uma área tão sensível como a saúde da mulher é de que possamos garantir o direito, a participação e o protagonismo das mulheres na construção de políticas públicas”, Oteniel Almeida, secretário de Saúde de Rio Branco.

“Sei que aqui teremos pautas importantes. A mulher precisa ser melhor assistida no seu gênero, na escolha sexual, reprodutividade, então esse espaço para discutir e refletir para traçar políticas públicas a fim de que a mulher tenha uma saúde de qualidade. Não podemos esperar mais 30 anos para discutir isso, temos que fazer dessa pauta anual”, Guida Aquino, vice-reitora da Ufac.

“Temos muitos desafios no que condiz à saúde da mulher. Precisamos olhar os segmentos populacionais que ainda não experimentaram o direito à saúde de forma integral, como muitas de nós já experimentamos. Esse é o maior desafio”, Socorro Neri, vice-prefeita de Rio Branco.

“Este momento é histórico. Nós reafirmamos aqui o compromisso do governo do Estado com uma saúde cujo conceito vai além da doença. Garantia da saúde física, mental, espiritual e emocional para as mulheres do estado, Está em nossas mãos traçar estratégias para uma política que trate a saúde da mulher de forma integral e não fragmentada”, Concita Maia,  secretária de Políticas para as Mulheres.

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