Integrantes da comunidade ayahuasqueira de Rio Branco foram recebidos em Brasília pela presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, para tratar do processo de reconhecimento da ayahuasca como patrimônio imaterial da cultura brasileira, na manhã desta quarta-feira, 25.
Em encontro articulado pelo gabinete do deputado federal Raimundo Angelim, foi entregue à presidente uma carta assinada pelo governador do Acre, Tião Viana, pelo prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, e por dirigentes dos centros ayahuasqueiros da capital, solicitando aceleração do processo iniciado em 2008 junto ao Ministério da Cultura.
Jurema afirmou que o reconhecimento de patrimônio imaterial ainda é uma política em afirmação, com várias peculiaridades. “Mas reconhecemos os fundamentos do pleito e acredito que com os encaminhamentos que daremos poderemos chegar a um bom termo”, adiantou.
“Acredito na sensibilidade da presidente, que demonstrou disponibilidade em chegar a um bom resultado. É necessário apoiar a valorização e o reconhecimento da cultura tradicional dos povos da nossa floresta”, disse Raimundo Angelim.
Será estabelecido, também, contato com uma instituição do Peru, país onde o reconhecimento oficial já se deu.
Participaram da reunião, além do deputado Angelim, o deputado federal César Messias, Antônio Alves (representante da linhagem de Mestre Irineu – Alto Santo), Francisco Hipólito de Araújo Neto (representante da linhagem de Mestre Daniel) e José Mauro Silveira (representante da linhagem de Mestre Gabriel), além de Deyvesson Gusmão, superintendente do Iphan no Acre.
