Inaugurado há menos de três meses em Rio Branco pelo governador Tião Viana, o Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into/Acre), auxiliou o Estado a zerar a fila de exames de ressonância magnética, tomografia computadorizada e raio-X existentes no Sistema Único de Saúde (SUS). É o fim da demanda reprimida para exames de radioimagem no Acre.
Só nesta semana o Into chegou a impressionante marca de mais de 10 mil exames realizados em mais de sete mil pacientes. Antes do Into, a demanda reprimida de exames de radioimagem chegava a cinco mil pacientes, alguns aguardando a realização de exames desde 2012. Com a inauguração e uma força tarefa no Instituto que o fez trabalhar até aos domingos, este número conseguiu finalmente ser zerado.
Em média, são realizados cerca de 200 exames por dia no Into. Hoje, o CDI funciona de segunda a sábado, a partir das 7 horas, sem intervalo para almoço, encerrando as atividades às 18 horas.
E para acabar com a demanda reprimida, a Secretaria de Saúde fez uma grande mobilização, ligando e encaminhando todos os pacientes nas filas de exames para se dirigirem com agendamento ao Into. Segundo Ana Cristina, diretora de atendimento a saúde da Secretaria de Saúde (Sesacre): “A partir de agora o fluxo será dos pacientes saírem direto do Hospital das Clínicas para marcarem seus exames no Into. Se puder, o paciente fará no dia mesmo, se não, ele saíra com seu agendamento certo”.
Ainda assim, Ana Cristina atenta que muitos pacientes da fila mudaram ou perderam os números telefônicos que deixaram em seus cadastros. O governo começa agora uma campanha para pacientes da demanda reprimida que ainda precisam fazer o exame se manifestarem. Eles necessitam apenas ir ao Into levar seus encaminhamentos para mancar seus exames de imediato.
Uma estrutura única
O Into é uma clínica construída pelo governo do Estado, com recursos federais, cuja administração do setor de radioimagem está terceirizada. Após licitação, uma única clínica fica responsável pela realização dos exames no espaço, com os serviços pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Por dia, o CDI é capaz de realizar até 50 ressonâncias magnéticas, 70 tomografias computadorizadas, 60 ultrassonografias e 200 pedidos de raio-X. O Instituto conta até agora com nove técnicos radiologistas, dois médicos para laudos, dois técnicos de enfermagem, e 11 pessoas trabalhando na recepção e administração.
A coordenadora da clínica que administra o CDI, Elizete da Silva, explica: “Nosso maior propósito aqui é que o paciente saia do HC com sua solicitação, venha marcar e já consiga fazer seu exame”. Ela explica ainda que são necessários em média cinco dias úteis para a entrega de exames com laudo e que resultados de radiografias e tomografias estão sendo acompanhados de CD multimídia.
A diferença feita pelo Into no sistema público de saúde do Acre já pode ser sentida pelos pacientes. Gente como Estelita Ferreira, 49 anos, que veio de Cruzeiro do Sul a Rio Branco, para cuidar da saúde. Ao conversar com o médico, recebeu a suspeita de ter uma hérnia de disco. “O médico pediu o exame pra mim na sexta, na segunda eu já fui agendar e na outra sexta eu já estava fazendo o exame. Nunca imaginei que ia ser tão rápido”, conta a senhora.
Estelita ainda elogia o atendimento e a atenção, acha bonita até a arte da pasta personalizada entregada pelo Into contendo os exames. “Fiquei muito feliz por ter conseguido resolver essa parte de exames tão rápido, agora só falta o retorno com o ortopedista. As pessoas aqui foram muito tranquilas comigo, educadas”.