Acre registra 219 casos de sífilis em gestantes, de janeiro a outubro

A rede municipal disponibiliza testes rápidos para a sífilis, Aids e hepatites (Foto: Arquivo Secom)
A rede municipal oferece testes rápidos para a sífilis, Aids e hepatites (Foto: Arquivo Secom)

De janeiro a outubro de 2015, o número de casos de sífilis em gestantes no Acre já ultrapassou o registrado durante o ano de 2014, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS).

Até o momento, 219 casos foram registrados, enquanto em 2014, o sistema registrava 214 e, em 2013,128. Para a sífilis congênita (transmitida de mãe para filho), 60 casos foram notificados até agora. Em 2013, houve 77 casos desse tipo e em 2014, 97.

A doença infectocontagiosa é causada pela bactéria treponema pallidum e pode se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que o contágio é mais rápido. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura.

A sífilis é adquirida, principalmente, por meio da relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê, durante a gestação ou o parto.

O diagnóstico é feito a partir de testes sorológicos ou coleta de sangue. Em gestantes, é realizado o teste VDRL no primeiro trimestre da gravidez ou na primeira consulta, e outro, no início do terceiro trimestre. O tratamento é feito com penicilina, e há cura quando realizado adequadamente.

Dia Nacional de Combate à Sífilis

O terceiro sábado do mês de outubro é dedicado ao combate à sífilis. Este ano, a data será lembrada no próximo sábado, 17. No Acre, as secretarias Estadual e Municipal de Saúde trabalham no monitoramento e desenvolvimento de ações de conscientização e prevenção.

“A prevenção ainda é a melhor forma de controle da doença. É necessário que a população tome conhecimento das formas de contágio e prevenção e que há cura, mas o tratamento é bem demorado”, disse o técnico da coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, Nelson Guedes.

Guedes destacou ainda a necessidade de o tratamento se estender aos companheiros das gestantes. “Se somente a mulher passar pelo tratamento, corre o risco de ser reinfectada pelo companheiro. Os homens devem fazer exames também”, complementou.