Circuito Documentário exibe filme sobre o cangaceiro Lampião

O documentário é uma reconstituição das últimas 24 horas da vida do cangaceiro mais famoso de todos os tempos

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O projeto Circuito Documentário exibe "Os Últimos Dias de Lampião", do cineasta Maurice Capovilla, amanhã, às 19h no Theatro Hélio Melo. O documentário é uma reconstituição das últimas 24 horas do revolucionário Lampião, o famoso capitão Virgolino Ferreira, também conhecido como o Rei do Cangaço.

A saga de Lampião pode ser comparada, em fama e efeitos, aos famosos personagens do velho oeste americano. Em 28 de julho de 1938, em Sergipe, na Fazenda Angico, Lampião foi morto por um agrupamento da polícia militar alagoana, as chamadas volantes, chefiado pelo tenente João Bezerra. O documentário apresenta entrevistas feitas com remanescentes das tropas do governo e integrantes do bando de Lampião, contando detalhes da traição e da morte desse personagem preferido da literatura de cordel.

Diferentemente dos outros trabalhos que contam a história de Virgolino Ferreira, a obra de Capovilla se caracteriza por ser não-ficcional. A película faz uma reconstituição das últimas horas de Lampião pautado nas entrevistas feitas com os personagens que fizeram parte dessa história. Os entrevistados relatam inclusive o momento em que Lampião, o rei do cangaço, é metralhado pelas tropas do governo na Fazenda Angico.

O Circuito Documentário é uma realização da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas do Acre (ABDeC/AC), em parceria com o Governo do Estado através da Fundação Elias Mansour (Fem).

Mais sobre cangaceiro – Lampião foi um dos filhos de José Ferreira dos Santos, e quando adolescente, acompanhado por seus irmãos Levino e Antônio, envolveu-se em crimes por questões familiares. José Ferreira era um homem tranqüilo. Após várias tentativas que procuravam finalizar a rixa existente entre seus familiares e rivais daqueles, acabou sendo morto pelo delegado de polícia Amarílio Batista e pelo tenente José Lucena, quando o destacamento procurava por Virgulino, Levino e Antônio, seus filhos. Com o objetivo de vingar a morte do pai, Lampião alistou-se na tropa do cangaceiro Sebastião Pereira, também conhecido como Sinhô Pereira. Posteriormente, este decidiu deixar o cangaço e passou o comando para Virgulino. A sede de vingança, cobiça e concentração do poder que lhe fora outorgado por Sinhô Pereira levaram Lampião a se tornar um dos bandidos mais procurados e temidos de todos os tempos no Brasil. Devido a uma informação prestada por um delator à polícia, no dia 28 de julho de 1938, uma volante comandada pelo tenente João Bezerra localizou, matou e decepou as cabeças de Lampião, sua companheira Maria Bonita e de outros nove cangaceiros que se encontravam refugiados na Fazenda Angico, localizada no município de Poço Redondo, em Sergipe. As cabeças dos cangaceiros ficaram expostas nas escadarias da prefeitura da cidade de Piranhas, no estado de Alagoas. Depois, foram encaminhadas à Maceió e posteriormente para o Instituto Nina Rodrigues, em Salvador, no estado da Bahia, para fins de pesquisa cientifica. Em 1969, as cabeças daqueles cangaceiros foram enterradas.

Serviço: "Os Últimos Dias de Lampião" – Quarta-feira, 2, às 19h. Entrada Franca.

Theatro Hélio Melo – Avenida Getúlio Vargas, s/n – Centro. Tel.:  3224-2133.

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