Casa da Leitura Chico Mendes comemora dez anos de práticas leitoras

As crianças e os agentes foram os atores da programação de aniversário da Casa de Leitura (Foto: Diego Gurgel/Secom)
As crianças e os agentes foram os atores da programação de aniversário da Casa de Leitura (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Criada para promover e incentivar as práticas leitoras com crianças e adolescentes, a Casa da Leitura Chico Mendes completou dez anos no sábado, 24. Contação de histórias e recital de poesias e cantigas fizeram a alegria da garotada na celebração de aniversário do espaço.

A programação foi realizada pelas crianças e agentes e leitura, com a ideia de relembrar como tudo começou, do primeiro conto “O menino e o gigante”, na versão de Francisco Gregório Filho, passando pela história “Menina bonita de laço de fita”, de Ana Maria Machado, a poesia “O poeta aprendiz”, de Vinicius de Moraes, até às cantigas “Se essa rua fosse minha” e “Alecrim Dourado”.

Para Karla Martins, presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), o projeto das Casas de Leitura permite vislumbrar por muitos anos o diálogo entre cultura e educação.

“A Casa comemora dez anos de prática sistematizada de estímulo à leitura, permeado por diversas linguagens como o vídeo, a dança, o teatro, a música, e outros presentes. Aqui a comunidade é o agente principal”, comenta.

A leitura que transforma

Histórias e cantigas fizeram parte da programação (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Histórias e cantigas fizeram parte da programação (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Miguel Neves, 20 anos, começou a frequentar o espaço com 14 anos. Foi agente de leitura e hoje, nas horas vagas sempre arruma um tempo para ajudar como voluntário.

“A Casa mudou tudo na minha vida. Nunca eu teria um conteúdo narrativo rico e conheceria escritores e poetas se não fosse esse projeto. A leitura me fez trabalhar o discurso, a fala e a memória”, disse.

Para Helena Carloni, chefe do Departamento do Livro e Leitura (Dell) da FEM, a Casa colhe os frutos plantados há uma década. “A mudança no comportamento da garotada é significativa. Antes, eles só tinham a rua como opção de lazer e hoje possuem o mundo mágico dos livros. A ociosidade já não faz parte do cotidiano de crianças e adolescentes do bairro Chico Mendes”, avalia.

“Todos são conscientes da importância da Casa em suas vidas. O interessante é que os que passaram por ela, alguns já quase adultos, voltam, colaboram e incentivam os irmãos mais novos a frequentarem o espaço”, revela a coordenadora do local, Maria Antônia Oliveira.

A Casa da Leitura é um projeto coordenado pelo governo do Estado, por meio da FEM.

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