Cadeia produtiva da borracha muda história de extrativistas no Acre

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Extrativistas chegam a receber até R$ 12 por quilo na venda da borracha (Foto: Arquivo Secom)

“Nunca, em toda a história da cadeia produtiva da borracha no Acre, ouviram-se depoimentos de extrativistas iguais aos que se ouvem agora. A produção é outra, a economia é outra. Os rostos dos filhos dos trabalhadores da floresta têm uma nova expressão.” O depoimento é do coordenador do Conselho Nacional das Populações Extrativistas e da Resex Chico Mendes, José Rodrigues, em referência ao trabalho de fortalecimento da cadeia produtiva da borracha executado pelo governo do Estado.

Durante reunião com o governador Tião Viana, na quarta-feira, 22, na Casa Civil, o coordenador externou o contentamento das diversas famílias que ainda vivem do corte da seringa e da venda da borracha. Entre as principais ações para a cadeia, consta a regulamentação dos valores de subvenções, com os quais os extrativistas chegam a receber até R$ 12 por quilo na venda da borracha.

“Esse projeto mudou a qualidade de vida dos extrativistas com a produção do FDL [folha defumada a líquido] e o apoio na subvenção, o que faz uma diferença expressiva e se soma com a alocação de recursos que possibilitam comprar e pagar pelo produto na hora”, contou.

Só na Resex Chico Mendes, mais de mil famílias que dependem da atividade são diretamente beneficiadas. Por meio de convênio com a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) paga os produtores e repassa o látex à Fábrica de Preservativos Natex. Além da compra dos produtos, o governo garante a manutenção dos extrativistas dentro da reserva.

Segundo Rodrigues, até final do ano, só na comunidade do Icuriã, em Assis Brasil, serão mais 94 famílias beneficiadas. Em Tarauacá ainda não se operava com a subvenção, mas hoje os extrativistas recebem um subsídio municipal de R$ 1,50. Com a renovação do contrato de produção com a empresa privada que compra a borracha, Tarauacá também chegará a receber até R$ 12 no quilo da borracha.

O governador garantiu que o governo trata o assunto com prioridade, pois faz parte da origem da história econômica do Acre.

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