Biblioteca Pública do Estado: modernidade e conhecimento

Nova concepção inclui acervos diversos que aliam tecnologia, conforto e informação

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Música e vídeo estão presentes na concepção da nova biblioteca (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O usuário da Biblioteca Pública do Estado vai se deparar, em breve, com um novo e moderno ambiente pensado para aliar conforto, arte, informação e mídias diversas em um mundo que associa o real e o virtual. A obra de reforma e readequação está sendo concluída e recebe acabamento e os últimos detalhes.

O maior impacto será o espaço destinado ao público, ampliado e adaptado para atender aos novos serviços como gibiteca, biblioteca virtual e em braile, brinquedoteca. O governador Binho Marques acompanhou nesta quarta-feira, 29, a instalação de equipamentos e organização do acervo junto com o secretário de obras, Eduardo Vieira, arquitetos responsáveis pelo projeto e o presidente da Fundação Elias Mansour, Daniel Zen.

Música e vídeo estão presentes na concepção da nova biblioteca, com o acervo da Aldeia FM e uma sala de exibição com 120 lugares. A praça que antes ficava na lateral da biblioteca foi incorporada ao espaço e ganha mesas e bancos para leitura e pontos de acesso à internet. Logo na entrada, uma espécie de antecâmara garante o isolamento acústico para bloquear os ruídos externos, além do tratamento especial de iluminação proporcionando um ambiente acolhedor e propício para a pesquisa e a leitura.

O governador Binho Marques considera que depois da reforma a biblioteca estadual estará voltada especialmente para a juventude, apesar de abrigar ambientes também para crianças. "Este é um ambiente jovem, multimídia, público. Me orgulho muito desse nome ‘público’ porque é destinado aos alunos das escolas públicas que não têm acesso a tudo isso. Eles podem usar todo esse acervo para complementar os estudos da escola no contra-turno", diz.

A data de inauguração da biblioteca ainda não foi definida. A partir da próxima semana as atividades serão apenas internas, período em que os novos serviços serão implantados e o grupo funcional, composto de servidores e estagiários, possa se adaptar ao novo conceito. A biblioteca só será aberta ao público depois que todos os serviços estiverem funcionando plenamente. "Quando abrirmos, queremos oferecer um serviço de excelência", explica a chefe do departamento estadual de bibliotecas públicas, Helena Carloni.

Peixes luminosos – Um cardume penderá do teto próximo à entrada da biblioteca. Suspenso em um pé direito do lado esquerdo da entrada principal, o móbile gigante que reproduz uma "cascata" de peixes foi concebido, construído e está sendo montado pelo grupo Giramundo. O trabalho do grupo é conhecido do público que prestigiou a exposição de bonecos e lotou os espetáculos apresentados em Rio Branco em maio deste ano.

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O ator, bailarino e marionetista, Rooney Tuareg, um dos responsáveis pela instalação, explica que os 20 peixes trazem características reais obtidas por meio de pesquisa e o traço da criatividade do grupo. Confeccionados em fibra, tecido, arame, colagem e miçangas, os peixes terão iluminação interna e poderão ser vistos por quem estiver do lado de fora do prédio. "Com este trabalho entendemos que o Acre nos acolheu de forma muito generosa. A nossa intenção é oferecer a arte do Giramundo para o cidadão comum que freqüenta este espaço", diz Tuareg acrescentando que à noite a obra será melhor visualizada. O grupo prepara outra instalação para a entrada da biblioteca.

Imaginação e tecnologia

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  Feita artesanalmente a casa de bonecas divide espaço com as telas dos computadores, jogos virtuais, livros e gibis. (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

A brincadeira de casinha e os jogos virtuais estão juntos no espaço criado para crianças até 12 anos no andar superior da biblioteca pública, onde antes funcionou a pinacoteca do Estado e a sede da Fundação Elias Mansour. As crianças terão acesso a um ambiente, dinâmico, colorido que integra tecnologia e brincadeiras tradicionais.

O artesão Glicério Gomes construiu a casa de bonecas da brinquedoteca e diz que o que mais gosta é devolver às crianças a possibilidade de voltar a ter contato com antigas brincadeiras. Ele leva em torno de 20 dias para construir apenas uma casa, atento que fica a detalhes como os desenhos da fachada e o corte das tesouras de sustentação do telhado.  "Quando a criança entra numa casinha desenvolve mais a imaginação, aprende conceitos de limite, organização de espaço, vai sendo educado pela brincadeira".

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