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Assessores e coordenadores de ensino da Educação Indígena participam da I Jornada Pedagógica

Na manhã desta segunda-feira, 25, aconteceu na Usina de Artes João Donato, em Rio Branco, a abertura da Jornada Pedagógica promovida pela Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) voltada para a Educação Indígena.

Estão participando 43 profissionais, entre assessores pedagógicos indígenas e não indígenas e coordenadores de ensino das representações da SEE nos municípios de Assis Brasil, Manoel Urbano, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Marechal Thaumaturgo, Jordão, Feijó, Tarauacá, Rodrigues Alves, Porto Walter e Cruzeiro do Sul.

A Educação Indígena foi uma das áreas da educação que mais sofreu no período da pandemia. Foto: Márcia Moreira/SEE

O encontro, que se estenderá até a próxima sexta-feira, 29, tem por objetivo “articular nossas ações, juntamente com os representantes da SEE no interior, para que possamos planejar o ano letivo de 2022 nas escolas indígenas”, explicou o chefe do Departamento de Educação Indígena da SEE, Charles Falcão.

Segundo Falcão, a formação conta ainda com a participação dos agentes agroflorestais, por se tratar também de uma ação promovida com o apoio do programa REM/KFW, um programa ambiental do governo alemão que, dentre outras iniciativas, apoia as ações voltadas à educação indígena.

Em sua fala de abertura, o secretário de Educação, Aberson Carvalho, explicou que a intenção é valorizar mais a formação e a produção de material pedagógico específico. “Nós estamos vivendo uma fase de retomada, é um novo começo. Nós temos a vacinação em 100% da população indígena e isso nos dá uma tranquilidade para trabalhar de forma integrada”, afirma.

Para o secretário Aberson Carvalho o respeito pela comunidade, pelas etnias, pelas particularidades deve ser o principal eixo da formação. Foto: Márcia Moreira/SEE

A rede estadual possui cerca de 6,5 mil alunos indígenas e mais de 150 escolas indígenas. O secretário destacou ainda que dentre os investimentos previstos a partir deste ano estão a instalação de internet em todas as escolas indígenas e distribuição de tablets para os estudantes.

“É um investimento do governo do Estado e do governo federal com o objetivo de proporcionar às populações tradicionais no seu habitat a possibilidade de estarem conectados com o mundo, mas a partir de um princípio de formação pedagógica. Temos por convicção que precisamos de uma educação descolonizadora e libertadora”, enfatizou o secretário Aberson Carvalho.