Pesquisadores de vários países ligados à instituição visitam o estado para criar termo de cooperação técnica
Pobreza rural, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável são desafios grandes demais para qualquer governo ou instituição vencer sozinho. Por isso é preciso unir forças. Foi com esse pensamento que o diretor José Joaquín, e o vice-diretor Ronnie de Camino, do Catie (Centro Agronômico de Pesquisa e Ensino) chegaram ao Acre. Além de conhecer a política ambiental, a intenção da visita é criar um termo de cooperação técnica entre o Governo do Acre, as instituições de pesquisa como a Ufac e a Embrapa, e o Catie, com sede na Costa Rica.
Na manhã desta quarta-feira, 25, Governo do Estado, Ufac e Embrapa se reuniram para as apresentações formais sobre os trabalhos desenvolvidos e para traçar as diretrizes do acordo de cooperação, documento que deve ser assinado na Costa Rica, pelo governador Binho Marques.
O Catie foi estabelecido em 1942 com o sonho de criar uma instituição de pesquisa e ensino superior para os países americanos. A sede é na Costa Rica, mas o centro de pesquisa tem 100 projetos em 17 países e mais de 200 parceiros. Mil e novecentos estudantes de 40 países já se formaram na instituição, e cem são brasileiros.
Segundo Joaquín, o Catie busca fortalecer os acordos que já tem com o Brasil e nutre um interesse especial pelo Estado do Acre. "O Acre é um estado com muitas florestas, florestas valiosas, e que tem uma política de governo diferenciada, com lideranças empenhadas e com uma visão única sobre como desenvolver de forma sustentável, com respeito ao meio ambiente e ter as pessoas no centro dessa política. É um exemplo único e que precisa ser seguido. Nós temos muito interesse em participar disso".
A importância da cooperação do Catie para o Acre é estratégica, segundo o secretário Eufran Amaral. O Estado alcançou um nível em que as políticas e os planos de ação estão traçados e bem definidos, mas falta tecnologias para a execução. "Sem as ações de tecnologias adequadas para o manejo florestal e a valorização de produtos florestais, não é possível executar políticas públicas. Daí a importância da cooperação com o Catie, que pode nos ajudar com estas tecnologias".
José Joaquín ficou impressionado com o plano de governo do Estado e a política ambiental, apresentada pelo secretário de Meio Ambiente. "Não preciso acrescentar mais nada aqui, tudo que está em andamento é perfeito, invejável. Todos estão de parabéns. É impressionante", comentou.
Lúcia Helena Wadt, chefe-geral em exercício da Embrapa, lembrou o principal gargalo encontrado para o desenvolvimento dos projetos no Estado é a formação adequada. "Temos dificuldades em formar mestres e doutores, o que pode ser melhorado com esta parceria".