Acre não está em risco de infestação por leptospirose

Evitar o contato com as águas da enchente é uma das recomendações para prevenir a leptospirose (Foto: Secom)
Evitar o contato com as águas da enchente é uma das recomendações para prevenir a leptospirose (Foto: Secom)

Durante os dois primeiros meses deste ano, 472 casos de leptospirose foram notificados e 53, confirmados no Acre. Em igual período do ano passado, 552 notificações da doença foram registradas, dos quais 202 casos confirmados. Houve sete mortes em decorrência da doença.

De acordo Eliane Costa, gerente da Vigilância Epidemiológica estadual, não há indicativos de infestação da doença no estado no período pós-enchente, mas a gerente enfatiza a necessidade de a população ficar atenta aos sintomas da doença, principalmente quem teve contato direto com as águas das enchentes.

O governo do Acre desenvolve ações de apoio aos municípios, disponibiliza material informativo sobre as principais doenças relacionadas a enchentes, cartilhas para orientação dos cuidados com a limpeza das residências após a cheia e distribui hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) para a higienização das residências afetadas pela alagação.

Cuidados para evitar o contágio

As famílias que residem nas áreas alagadiças estão mais propensas a se contaminar com doenças transmitidas pelas águas. A leptospirose, por exemplo, é comumente causada pelo contato com a urina de ratos que se mistura com a água das enchentes.

“Os sintomas mais frequentes são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas, podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia [coloração amarelada da pele e dos olhos], e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar”, explica Eliane.

O tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados.

“A principal recomendação nesse período pós-enchente é evitar o contato com a água ou a lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas ou outros ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos”, finalizou Eliane Costa.

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