Acre celebra conquistas no Dia Mundial da Alfabetização

Mais de 70 mil acreanos foram alfabetizados nos últimos 11 anos (Foto: Mardilson Gomes/SEE)
Mais de 70 mil acreanos foram alfabetizados nos últimos 11 anos (Foto: Mardilson Gomes/SEE)

Comemorado no dia 8 de setembro para incentivar a alfabetização em vários países, o Dia Mundial da Alfabetização foi instituído há 48 anos pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), destacando o poder transformador da escrita e da leitura mundo afora.

Ao aprender a ler e escrever, homens, mulheres e crianças conseguem ter acesso ao conhecimento, alterando significantemente o rumo de suas vidas e, por consequência, os rumos da sociedade na qual estão inseridos.

O governo do Estado celebra a data com o destaque das conquistas educacionais referentes às ações alfabetizadoras, bem como aos números das avaliações externas que destacam o Acre como um dos estados brasileiros que mais se empenha na promoção do acesso ao ensino.

Quero Ler

O Acre celebra a data com as conquistas na alfabetização de jovens e adultos (Fotos: Eunice Caetano)
O Acre celebra a data com as conquistas na alfabetização de jovens e adultos (Fotos: Eunice Caetano)

Lançado em junho deste ano, o programa Quero Ler, gerenciado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), é uma iniciativa que amplia a oferta da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e da alfabetização para pessoas acima de 15 anos de idade em todo o Acre.

Apoiando as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE) e do Plano Estadual de Educação (PEE), o programa tem como principal objetivo tornar o Acre um estado livre do analfabetismo, que atualmente está presente na vida de 13% dos adultos acreanos, correspondendo a aproximadamente 77 mil pessoas.

Por meio da EJA e do Alfa 100 (Programa Brasil Alfabetizado), espera-se alfabetizar cerca de 11 mil pessoas com idade a partir de 15 anos nos 22 municípios.

Moisés Diniz, secretário adjunto da SEE e coordenador do Programa de Alfabetização, explica que o apoio dos educadores é fundamental para o alcance das metas propostas.

“Entre 2003 e 2014, já foram alfabetizados mais de 70 mil jovens e adultos acreanos. Isso reduziu o índice de analfabetismo de 24,5% para 13%, o que nos motiva ainda mais a continuar lutando para transformar vidas com a educação”, disse.

Novos começos

Francisco da Silva, 57, aluno do CEJA (Foto: Astorige Carneiro)
Francisco da Silva, 57, aluno do CEJA (Foto: Astorige Carneiro)

Entre aqueles que buscam na educação uma oportunidade para mudar suas vidas, estão Francisco da Silva, 57, e Ângela da Silva Costa, 19, alunos da alfabetização promovida no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA).

Morando há 20 anos no Acre, Francisco veio do Ceará em busca de um novo começo. Após anos vivendo sem saber ler ou escrever, ele decidiu que era hora de mudar e inscreveu-se no curso de alfabetização. “É um mundo novo que se abre para mim. Vou tirar muito proveito dessa nova descoberta”, afirmou.

“Vim para Rio Branco há mais de um ano. Morava em Tarauacá, onde nunca tinha estudado. Passei por problemas familiares e situações muito difíceis, mas hoje, com o apoio da Comunidade Estrela da Manhã, onde moro e trabalho, minha vida ganha um novo rumo”, relatou Ângela.

E a felicidade não é apenas dos alunos: muitos dos educadores emocionam-se ao ouvir o quanto a experiência transformou o modo de pensar e de viver destes jovens e adultos.

Maria Antônia Souza, professora de Francisco e Ângela, diz que o trabalho é gratificante. “Vê-los com mais motivação e autoestima nos deixa felizes em transformar uma realidade que priva as pessoas do acesso à informação.”

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