Queima de fogos, escolha da Rainha 2009 e concurso de quadrilhas marcaram a abertura da festividade no estádio Arena da Floresta
A tradicional queima de fogos marcou a abertura do Arraial Cultural na última segunda-feira, com a escolha da Rainha 2009 e o início do Concurso de Quadrilhas, que contou com a participação dos grupos Pega-Pega, do bairro Conquista, e C.L. na Roça, do Boa União.
O evento, em seu primeiro dia, segundo estimativas da organização, superou a expectativa de público, tendo cerca de quatro mil pessoas. As arquibancadas na Arena dos Folguedos e Arena dos Quitutes foram tomadas pelas pessoas.
“Numa segunda-feira, com as arquibancadas lotadas, foi um prenúncio do que será o arraial e do que ele representa para a população acreana. O evento é da família, com segurança e recheado de acreanidade e cultura popular. Isso é positivo, pois comprova que o acreano prestigia suas tradições populares”, comentou Karla Martins, coordenadora do evento.
Aurimar Aragão, presidente da Liga de Quadrilhas Juninas do Acre, acredita que a grande presença do público no primeiro dia de evento, sinaliza que o Arraial Cultural será um grande sucesso.
“Nós, da Liga de Quadrilhas, apostamos cada vez mais no sucesso desse evento, graças à sensibilidade do Governo do Estado, com sua preocupação constante de melhorar a estrutura do Arraial Cultural a cada ano. Foi um show esse primeiro dia, a população correspondeu ao chamamento”, afirmou.
Rainha é coroada – As 12 candidatas a Rainha do Arraial Cultural, representantes dos grupos juninos que participam do evento, trajavam um figurino com elementos da cultura popular como o chitão, rendas, fuxicos e outros.
Com trejeitos bem elaborados, as candidatas fizeram sua apresentação na Arena dos Folguedos para um público que vibrava a cada performance. A vencedora do concurso foi a representante da quadrilha Matutos na Roça, Maria Bezerra Oliveira, 24. Há dez anos como brincante da Matutos, a rainha recebeu o título com muita alegria.
“Estou muito feliz por representar a minha quadrilha e por ter recebido o título. Parabéns a todas as outras concorrentes, pois dançaram muito bem. O Arraial Cultural é um espaço maravilhoso da cultura popular e a organização é perfeita”, disse a rainha, que pretende animar os seis dias de arraial e estar presente em todas as apresentações das quadrilhas juninas. “Espero que o público de Rio Branco prestigie a gente porque queremos mostrar que no Acre a cultura popular é forte através das quadrilhas.”
Após a escolha da Rainha 2009, as quadrilhas Pega-Pega, do bairro Conquista, e C.L. na Roça, do Boa União, apresentaram-se na Arena dos Folguedos.
Grupos dos municípios – Os municípios de Senador Guiomard, Acrelândia, Brasileia e Sena Madureira estão representados por suas quadrilhas.
“Os grupos dos municípios estão participando do arraial porque investimos numa divulgação. A ideia é voltar a atenção para os municípios, firmando uma parceira entre os grupos, prefeituras e o Estado. A ideia de expandir o concurso representa um novo momento para a cultura popular junina no Acre”, explicou Daniel Zen, presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour.
A edição 2009, além de valorizar e revitalizar a cultura junina de tradição nordestina dos nossos avós, antepassados e colonizadores, faz uma ponte muito importante com a cultura dos seringais. Elementos que relembram essa cultura estão presentes na ornamentação do espaço.
O Arraial Cultural que se estende até o próximo dia 5 (domingo) é uma realização do Governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour com o apoio da Prefeitura de Rio Branco, através da Fundação Garibaldi Brasil e da Liga das Quadrilhas Juninas do Acre.
Culinária, artesanato e tradição
Um dos conceitos do Arraial Cultural é revitalizar as tradições. Nas barraquinhas montadas no Terreiro dos Quitutes o público pode saborear sucos, doces, bolos, açaí, bombons, receitas com carne-de-sol, galinha picante, rabada no tucupi, charutos, bobó de camarão entre outras iguarias.
Além da revitalização da culinária regional existe uma preocupação com a geração de renda. Nas barracas, quituteiras aproveitam para prestigiar o evento e comercializar seus produtos artesanais.
Os freqüentadores do Terreiro dos Quitutes, entre uma receita e outra, apreciaram o melhor do Saudades do Seringal Antônio Pedro e Banda com Baques de Festa e Enverseios da Natureza.