Fiscalização apreende 42,43m³ de madeira extraída ilegalmente em Acrelândia
O departamento de fiscalização do Instituto de Meio Ambiente do Acre -Imac realiza a primeira grande apreensão de madeira extraída ilegalmente deste ano. Por meio de denúncia anônima, uma equipe com cinco técnicos do Imac e cinco homens do Pelotão Florestal se deslocou ao município de Acrelândia para averiguar a operação de extração ilegal de madeira. Na cidade foram apreendidos 42,46 m³ de madeira serrada.
O acampamento dos madeireiros no local estava equipado com serraria móvel, trator e motosserras. O responsável pela propriedade declarou que o acampamento já estava montado há cerca de quarenta e cinco dias. No mesmo local foram identificadas também áreas que sofreram atividade de queima ilegal.
Palmitos de açaí também foram extraídos da área e entre as árvores derrubadas foram reconhecidas inclusive castanheiras e seringueiras. Além dessas, já haviam outras árvores marcadas para serem abatidas, como explica a técnica do Imac, Yrle Fontenele "Tinha muitas ‘empiqueteadas’, árvores da espécie guariúba, jatobá, amarelão, cumaru ferro, cumaru cetim e tauari."
Nessa situação a extração de madeira se configura como crime ambiental por ferir artigos do Decreto de Lei 6514 de 22/07/2008, principalmente por cortar árvores que são protegidas sem autorização e por ter fins comerciais com as madeiras serradas.
As atividades de fiscalização estão ocorrendo desde o início do ano. Obedecendo a rotina do órgão por meio de monitoramento de polígonos identificados pelo geoprocessamento, a partir das imagens de satélite, atendimento de denúncias anônimas e denúncias do Ministério Público Estadual, e também com operações conjuntas com o Pelotão Florestal.
"Essa apreensão nos despertou mais nossa atenção, porque como estamos no período chuvoso é menor o fluxo de transporte de madeira. A exploração ilegal nos remete a intensificar o controle, o que alia o nosso planejamento que também terá ênfase para a fiscalização de posses, verificando a autenticidade da emissão de posse, restringindo a sobrevivência de posseiros, assim como maior rigor no controle das queimadas" afirma a chefe do departamento de fiscalização, Geucilene Barreto.