Com 85% da cidade atingida pela enchente, poder público de Tarauacá abre mais três abrigos para atender população vulnerabilizada

O primeiro dia de março surpreendeu a população e o poder público de Tarauacá, com uma constante chuva nas suas primeiras horas, subindo o nível dos rios Tarauacá e Muru para 11 metros, frente a uma cota de transbordamento de 9,50m, mobilizando o governo do Acre, prefeitura e a Defesa Civil para atender os novos atingidos pela crescente enchente.

Com 85% da cidade submersa, o poder público tem se esforçado para atender às crescentes necessidades dos atingidos pela enchente. Foto: Josciney Bastos/Secom

Nos primeiros dias de cheia, em comunhão com o governo do Acre, o Município havia designado duas escolas da rede estadual para atender às pessoas desabrigadas pela enchente. Até o dia 29 de fevereiro, a escola Dr. Djalma da Cunha Batista e a Cívico-Militar Plácido de Castro acolhiam 253 pessoas desabrigadas pela enchente.

Em visita ao município no dia 29, o governador Gladson Cameli conheceu as dependências do abrigo na Escola Dr. Djalma da Cunha Batista. Foto: Josciney Bastos/Secom

Após constante chuva, foi necessária a saída de mais famílias de suas casas, as quais acionaram a Defesa Civil de Tarauacá pedindo auxílio na retirada segura de pessoas e bens materiais. Também foi preciso providenciar mais três abrigos em instituições de ensino do município, sendo eles, a Escola Estadual João Ribeiro, o Instituto São José e a Escola Municipal Almirante Barroso.

Com o aumento do nível de inundação, a Defesa Civil municipal atendeu 35 ocorrências. Foto: Josciney Bastos/Secom

Diariamente, o subtenente Gonzaga, coordenador da Defesa Civil local, colocava sua equipe à disposição para realizar a distribuição de cestas básicas e água potável para a população ilhada. Mas frente à cheia do rio, pela manhã, atendeu mais de 35 ocorrências, mobilizando famílias inteiras para os novos locais de acolhimento.

Escola localizada no centro da cidade se torna local temporário de acolhimento de famílias carentes. Foto: Josciney Bastos/Secom

O subtenente contabiliza por volta de 350 pessoas nos novos abrigos e diz: “Estamos com 85% da nossa cidade inundada. Isso causou desespero em muitos moradores, e fizemos o possível para acalmar e retirar todos com o maior cuidado, prezando sempre por suas vidas”.

Servidores do Estado e da prefeitura trabalham em colaboração para melhor acolher as pessoas vulnerabilizadas pela enchente. Foto: Josciney Bastos/Secom

O representante da Ajuda Humanitária do Estado no município, Rennan Biths, contribuiu na articulação para uma mobilização plena das famílias no novo ambiente e garantiu: “Estamos com um esforço concentrado nesse momento para dar um espaço digno e com alimentação para essas pessoas tão vulnerabilizadas, garantindo que elas superem esse momento de dificuldade”.

“O governo está comprometido com a segurança e acolhimento da população prestando apoio à prefeitura municipal, garantindo o bem-estar de todos”, fala Biths, representando o Estado. Foto: Josciney Bastos/Secom

Neste momento, a união de esforços entre o governo do Acre e o Município destaca-se como uma resposta solidária e coordenada diante da cheia dos rios, com a mobilização dos diversos órgãos governamentais, refletindo o compromisso em atender às necessidades urgentes da população afetada.

O poder público também conta que a solidariedade de voluntários que trabalharam para garantir a alimentação dos novos acolhidos. Foto: cedida.

Em caso de emergência, ligue 193 para solicitar atendimento em decorrência das chuvas, onde será atendido por um efetivo empenhado para acolher às famílias em vulnerabilidade.

Com aproximadamente 350 pessoas nos novos abrigos, o desafio é mitigar os danos e garantir o bem-estar da população, que se vê forçada a deixar suas residências. Foto: Josciney Bastos/Secom

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