Governo lança campanha digital para conscientizar sobre os impactos da direção imprudente

Os impactos de um acidente de trânsito não se encerram no momento da colisão, além das inúmeras vidas perdidas e sonhos interrompidos por causa da imprudência nas vias, existe uma parcela considerável de pessoas que ficam feridas, e passam por longos e dolorosos processos de recuperação, que impactam não somente suas vidas pessoais, mas também na saúde pública e, por consequência, no dinheiro público.

A imprudência é uma das principais causas de acidente de trânsito. Foto: Thalles André/Detran

Para chamar a atenção da sociedade e convocar cada condutor a ter respeito e prudência no trânsito, o Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) e a Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre), por meio do projeto Vida no Trânsito, lançam nesta quarta-feira, 27, uma campanha digital para conscientizar e convocar todos os participantes do trânsito a adotarem atitudes de respeito às leis e à vida, nas vias.

“Vamos massificar a postagem cards e vídeos educativos em nossas redes sociais, com a intensão de informar massivamente sobre os prejuízos causados pelos acidentes de trânsito, tanto os individuais, como para a sociedade como um todo”, explica a presidente do Detran/AC, Taynara Martins.

O foco serão os motociclistas, levando em consideração o número elevado de acidentes envolvendo essa categoria. Atualmente, o Acre conta com mais de 130 mil motocicletas, o que compreende a 42% da frota total do estado.

Somente em Rio Branco, até o mês de setembro deste ano 765 pessoas ficaram feridas por acidentes de trânsito. Em todo o estado, o número ultrapassa 1.200 vítimas.

A campanha tem foco nos motociclistas, já que são a maior porcentagem de feridos nos acidentes. Foto: Arquivo/Detran

De acordo com o setor de estatísticas e análise criminal da Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC), em 2020, mais de 83% dos acidentes com vítimas, tiveram envolvimento de motociclista.

Na área da Saúde, de acordo com a Sesacre, os impactos também são consideráveis, prova disso é que uma média de 70 leitos são ocupados mensalmente por vítimas de acidentes de trânsito e mais de mil cirurgias ortopédicas foram realizadas, no primeiro semestre de 2021, em pacientes acidentados. Outro dado que chama a atenção é o de dinheiro público investido da recuperação dessas pessoas, apenas um leito de UTI, por exemplo, custa ao Estado cerca de 14 mil reais por mês.

“Para mudar essa realidade as parcerias são fundamentais. Temos a meta do Plano Nacional de Enfrentamento das Doenças e Agravos não Transmissíveis que prevê redução em 50% da mortalidade no trânsito e de 50% da mortalidade de motociclistas até 2030. Para isso diversas instituições estão integradas para realizar ações como esta campanha, mas precisamos que a população esteja nos apoiando, com a adoção de atitudes corretas no trânsito”, salienta a coordenadora do Comitê Estadual Vida no Trânsito, Carla Mendes.

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