Com o objetivo de analisar e transparecer os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid-19 no estado, a Secretaria da Fazenda (Sefaz-AC) divulgou a primeira edição do Boletim Semanal da Receita Estadual.
A análise foi feita usando como base o período de 15 de março a 1º de abril, a partir das primeiras medidas de quarentena adotadas no Acre e mostra como a chegada da Covid-19 ao Acre impactou no comportamento da economia local sob a ótica das informações fiscais.
O diretor de Administração Tributária da Sefaz, Breno Caetano, comentou sobre a iniciativa e o objetivo do relatório.
”O estudo é importante para subsidiar a tomada de decisões na área tributária, bem como para a formulação das políticas públicas neste momento de pandemia”, explica o auditor da receita estadual.
Com informações extraídas do sistema da Receita Estadual, o boletim é baseado nos dados dos documentos fiscais eletrônicos e outras informações fiscais, considerando o fluxo de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e).
“O boletim busca sobretudo dar transparência à sociedade acreana acerca do comportamento das atividades econômicas no período de calamidade”, completa o diretor.
Emissão de Notas
A emissão de Notas Eletrônicas registrou queda entre 21 a 27 de março, primeiros dias de fechamento dos estabelecimentos comerciais. Foi verificada uma queda nas emissões entre os dias 26 de março a 1º de abril na ordem de 14%, se comparado ao período anterior à Covid-19.
Entre os setores de atividades, a queda na emissão de notas teve mais impacto no varejo, com mais de 25% de queda na comparação entre a última semana e o período antes da pandemia. Nesse cenário, o atacado é a segunda atividade mais afetada, com uma queda de 12,88%, tendo registrado um crescimento de 1,8% na indústria.
Combustível
Outro dado do boletim é o impacto na venda e consumo de combustíveis no Acre, que registrou queda entre os dias 21 a 27 de março, após as medidas de quarentena, onde as vendas caíram 23,5% em valor e 22,7% em volume na comparação com o período anterior à Covid-19.
Esse movimento apresentou recuperação entre os dias 26 de março a 1º de abril, registrando redução menor nas vendas, de 20,6% em valor e 18,6% em volume.
A queda em volume apresenta percentuais menores, pois a diminuição em valor é alavancada não apenas pela contração das vendas, mas também pela redução recente do preço médio dos combustíveis.
Setores
O mês de março registrou queda também nos setores de alimentação (6,2%), varejo (4,7%), informação/comunicação (18%) e transporte/armazenamento (28%).
Já nos setores industriais, os resultados revelam expansão do consumo durante o mês de março, mesmo após o anúncio do estado de calamidade. Houve registro de expansão na agricultura/pecuária (3,4%), atacado (10,8%) e eletricidade/gás (13,7%).
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